Depois do fracasso no Campeonato Brasileiro, a diretoria do Palmeiras
tem que conviver com mais um problema fora de campo: as contas do clube.

O Conselho de Orientação Fiscal (COF) do clube está analisando o
balanço de 2009 e este corre o risco de não ser aprovado, o que deixa o
presidente Luiz Gonzaga Belluzzo apreensivo: “Eu estou preocupado, com
medo. Se eles reprovarem as contas, ficaremos queimados no mercado.
Quem é que vai cuidar do desastre, do armagedon financeiro que se tornará o clube? Quem é que vai convencer o banco ou alguém a por dinheiro aqui?”, afirmou o dirigente à Folha de S.Paulo.

O assunto tem feito os bastidores do clube borbulhar desde novembro,
quando as contas do mês foram reprovadas e os conselheiros da situação
conseguiram que fosse feita uma nova análise em janeiro. A oposição,
que tem como peça-chave o ex-presidente Mustafá Contursi deve entrar
com pedido de impeachment do atual mandatário caso as contas sejam, de
fato, reprovadas. A priori, o clube previa superavit R$ 6 milhões, mas
deve fechar o ano com um déficit quatro vezes superior, de R$ 24
milhões, fora a dívida total que gira em torno de R$ 120 milhões
segundo informações extra-oficiais.

“O Palmeiras precisa disso [credibilidade] para reduzir seu deficit. E
tem de fazer isso rapidamente. Tem de chegar no fim do ano que vem já
acertado. A coisa é feia. O Palmeiras sempre foi assim politicamente,
mas não pode correr o risco de quebrar o clube”, afirmou, antes de
completar: “Se você mesmo provoca uma crise de credibilidade, por
problemas políticos, como é que vai fazer? O Palmeiras tem que assumir
o que ele é”.


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Belluzzo teme "armagedon financeiro" no Palmeiras