Após temporada no Rio de Janeiro, chega a São Paulo nesta quarta-feira, dia 28, o sempre aguardado Anima Mundi. O Festival Internacional de Animação do Brasil chega à sua 18ª edição com 452 filmes de vários países, alguns em mostras competitivas, além de oficinas, palestras e debates. Os espaços de exibição são o Memorial da América Latina e o Centro Cultural Banco do Brasil.
A maior comemoração desses 18 anos de festival é a expansão do mercado brasileiro de animação. Só nesta edição foram mais de 300 inscrições de filmes nacionais. Ao todo, os diretores receberam mais de 1,5 mil inscrições, mas apenas 452 filmes foram selecionados, de vários países, como França, Alemanha, Austrália, Israel, Polônia, Argentina, Taiwan, Letônia, Coreia do Sul, Finlândia, Rússia, Singapura e China, além da estreante República da Macedônia.
Papo animado
Duas atrações internacionais já dão as boas vindas ao público: o canadense Cordell Barker e o inglês Daniel Greaves, vencedores de Cannes e Oscar, respectivamente. O primeiro se apresenta nesta quarta, às 19, no Memorial Sala 2 e o segundo às 21h, no mesmo local.
Além do seu reconhecido trabalho comercial para o estúdio Pascal Blais, entre outros, Cordell Barker dirigiu três curtas premiadíssimos. Em 1982, começou a fazer seu primeiro filme, The Cat Came Back (1988), no National Film Board. Nesta edição do festival, ele vai apresentar seu filme mais recente Runaway (2009), premiado em 2009 nos festivais de Cannes (Le Petit Rail D’Or / Melhor Curta) e de Annecy (Prêmio Especial do Júri).
Na sequência, vem Daniel Greaves, animador inglês de 51 anos que mistura várias técnicas diferentes em seus filmes. Os mais célebres exemplos disso são Manipulation (1992), que rendeu ao animador o Oscar e o Cartoon D’Or em Cannes, e Flatworld (1997), uma divertida e surpreendente narrativa em puro stop-motion, com personagens 2D em cartolina que se esgueiram por um cenário de volumes reais.
Para fechar o papo animado, na sexta-feira, às 19h, está programado Guilherme Marcondes, talento brasileiro da animação que se afirmou no exterior. Ele é diretor independente em Nova York, representado pelos estúdios Hornet Inc. (EUA) e Passion Pictures (Europa), depois de uma temporada em Los Angeles na renomada produtora Motion Theory. De volta ao Brasil, produziu o curta-metragem Tyger (2006), vencedor de mais de 20 prêmios internacionais, incluindo dois no festival de Clermont-Ferrand na França e o Prêmio dos Diretores do Anima Mundi.
Veja abaixo a programação completa e, em seguida, trailers do longa Mary & Max – Uma Amizade Diferente, premiado no Rio de Janeiro, além dos curtas The Lost Thing, Teclopolis e o brasileiro Os Anjos do Meio da Praça:
Mary & Max
The Lost Thing
Teclopolis
Os Anjos do Meio da Praça