As autoridades angolanas prenderam dois suspeitos de envolvimento no atentado contra a seleção de futebol do Togo, que aconteceu na sexta-feira (8) e deixou dois mortos. Segundo António Nito, procurador da província de Cabinda, onde ocorreu o ataque, os suspeitos são membros da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda.

Nito disse que as detenções aconteceram “no lugar do incidente, na estrada de Massabi, que liga Angola e República do Congo”, dentro da província.

Com a colaboração do Departamento Provincial de Investigação Criminal, a Procuradoria, acrescentou o responsável provincial, abriu “um processo para esclarecer os fatos e a responsabilidade dos envolvidos”.

O atentado contra a seleção do Togo aconteceu na sexta-feira passada, quando a equipe entrou na localidade angolana de Cabinda, em direção à sede do grupo B da primeira fase da Copa Africana de Nações, na qual devia ter enfrentado Gana no domingo (10), em seu primeiro jogo do torneio.

O ônibus que transportava os jogadores da seleção do Togo, que era escoltado pela Polícia angolana, foi metralhado por membros da guerrilha separatista do Flec, que assumiu a autoria da ação.

O ataque deixou pelo menos dois mortos – o treinador assistente da seleção do Togo, Abalo Amelete, e o chefe de imprensa da equipe, Stan Ocloo – e vários feridos, entre eles o goleiro reserva Kodjovi Kadja Obilale, que foi levado à África do Sul, onde fez uma cirurgia e está internado.

Devido ao atentado, o Governo togolês decidiu retirar sua seleção da competição africana, ao considerar que não existiam as garantias de segurança necessárias para continuar no torneio, apesar de alguns jogadores terem afirmado que queriam jogar em homenagem aos colegas mortos e feridos.

A 27ª edição da Copa Africana de Nações começou no domingo em Angola e deve terminar em 31 de janeiro.


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Angola anuncia prisão de dois suspeitos de ataque contra seleção de Togo

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