O técnico do Chelsea, o italiano Carlo Ancelotti, será uma das testemunhas que prestarão depoimento na próxima audiência no processo penal de Nápoles pelo caso conhecido como Calciopoli, um sistema de corrupção no futebol italiano descoberto há três anos.

A audiência do processo foi marcada hoje para o próximo dia 20, informou a mídia italiana. Pelo envolvimento no caso, o Milan foi punido com a perda de 30 pontos, o que derrubou o time da segunda para a quarta posição no Campeonato Italiano 2005-06. Além disso, na temporada 2006-07, o time começou a disputa com oito pontos a menos que os adversários.

O processo adquiriu uma nova dimensão após a audiência de hoje, depois que os advogados do ex-dirigente da Juventus, Luciano Moggi, um dos principais acusados do caso, pediram que sejam consideradas algumas escutas telefônicas que creditariam o planejamento do esquema à Inter de Milão.

Em uma destas ligações, do dia 26 de novembro de 2004, é possível ouvir o falecido presidente da Inter Giacinto Fachetti falar com o então chefe de arbitragem, Paolo Bergamo, e pedir que inclua Pierluigi Collina na lista de árbitros que poderiam apitar um dos jogos do time.

Durante a audiência, o advogado de Moggi perguntou ao coronel da polícia militar italiana Attilio Auricchio, encarregado das escutas na investigação, por que esta conversa não foi incluída nas atas do Calciopoli e nas sanções posteriores.

Auricchio alegou que “essa escuta não foi considerada útil” durante o processo. Alem das punições ao Milan, outras consequências esportivas da rede de corrupção foram a cassação dos títulos que a Juventus havia conquistado em 2005 e 2006, este último atribuído à Inter, e a queda do clube de Turim para a segunda divisão italiana.

Por causa do Calciopoli, também foram punidos outros clubes, como Lazio e Fiorentina, além de dirigentes e árbitros.


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Ancelotti depõe na próxima audiência de caso de corrupção no futebol italiano

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