A reciclagem de pneus parece que finalmente começa a ganhar força. Pelo menos nos Estados Unidos. Fabricado a partir do petróleo, um material não renovável, o descarte de pneus é um grave problema ambiental no mundo, mas novas indústrias de reciclagem estão surgindo e aproveitando praticamente todo o produto.
Estatísticas mostram que são necessários quase 25 litros de petróleo para fabricar um pneu comum. Além disso, ele contém um potencial para gerar energia até 16% maior que o carvão, por sua vez, um dos principais combustíveis para usinas termelétricas no mundo, o que demonstra que um pneu no lixo é de extremo desperdício, ainda por cima se considerarmos que o mundo produz mais de 800 milhões de unidades por ano.
Atualmente, a reciclagem de pneus, quando existe, consiste basicamente em triturar o material e usar a borracha para compor o asfalto de ruas e estradas. De acordo com o site Clen Technica, especializado em tecnologias verdes, novos métodos, no entanto, estão aproveitando outras partes do pneu e, assim, tornando o processo de reciclagem mais lucrativo o que, convenhamos, é a única maneira de fazer a indústria de reciclagem decolar.
A empresa InfoSpis, por exemplo, pretende recuperar o óleo usado na fabricação do pneu, além do metal utilizado na estrutura. Outro subproduto que os novos métodos de reciclagem conseguem aproveitar é o chamado carbono negro, que é utilizado em cartuchos de tinta para impressoras, entre outras aplicações. Ele é um importante causador de efeito estufa quando o pneu é queimado, o que, infelizmente, é um método comumente adotado por países que desejam acabar com as montanhas de pneus que se acumulam em lixões todos os anos.