O deputado distrital Wilson Lima (PR) é o novo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele foi eleito nesta terça-feira (2) para o lugar de Leonardo Prudente (sem partido), que renunciou ao cargo sob acusação da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, de ser um dos beneficiários de um esquema de propina que funcionava dentro do governo do DF.
Em um dos vídeos obtidos pela PF, Prudente aparece colocando dinheiro nas meias e no terno. Assim como Prudente, Lima também é da base aliada ao governador José Roberto Arruda (sem partido), citado pela PF de comandar o esquema distribuição de dinheiro. Com o resultado, os governistas voltam a ter o controle da Casa, depois da Câmara ter ficado nas mãos da oposição, sob o comando de Cabo Patrício (PT), que estava na presidência desde a renúncia de Prudente.
Lima, que estava como primeiro secretário da Mesa Diretora, venceu Patrício por 15 votos a 7. A deputada Eliana Pedrosa (DEM) foi a única abstenção. Ex-secretária do governo Arruda, ela chegou a ser cotada para entrar na disputa pela presidência. Dos 24 deputados distritais, apenas Junior Brunelli (PSC) não compareceu à sessão. Ele é um dos acusados de também ter se beneficiado do esquema de propina, segundo a Polícia Federal. Ele também aparece numa gravação recebendo dinheiro.
Uma das primeiras tarefas do novo presidente será dar posse aos oito suplentes que vão participar da análise dos processos de impeachment de Arruda que tramitam na Câmara. A Justiça do Distrito Federal determinou a convocação dos suplentes, que irão substituir os titulares suspeitos de participarem do esquema de propina. Os deputados só poderão atuar nas Comissões de Constituição e Justiça e Especial, responsáveis pelos pedidos de impeachment.