O empate em 2 a 2 com o Almería não teve como única consequência a perda da liderança isolada do Campeonato Espanhol, mas também piorou a relação entre o Barcelona e a arbitragem.
O técnico Guardiola acabou expulso ainda durante a partida ao reclamar de uma decisão de um assistente. Segundo o árbitro, ele deixou o campo ao acusá-lo de “apitar tudo contra e não saber de nada”.
Foi a terceira expulsão do treinador no comando da equipe: uma foi diante do Osasuna na temporada passada, quando o time já era campeão, e a outra contra o Bayern, pela última Liga dos Campeões.
Guardiola sempre evitou falar sobre um complô dos árbitros para ajudar o Barça, tentando levar a questão nos acertos ou erros de seus jogadores.
Ele também insistiu que os seis títulos da equipe ano passado não tiveram uma mãozinha da arbitragem, e ainda lembrou que, desde que assumiu, dirigentes e jogadores do clube pararam de reclamar sobre isso. Mesmo assim, sua relação com os árbitros permanece delicada.
Quem também sofreu foi o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic. Contratado com status de estrela no início da temporada, ele só balançou as redes uma vez desde o começo de 2010 e acabou expulso pela primeira vez ontem como jogador da equipe.
Esta é a pior fase do sueco: marcou apenas um gol em seus nove últimos jogos e não vem sendo último no esquema tático da equipe, que usa pouco o jogo aereo – sua especialidade.
O camaronês Samuel Eto’o, que foi para a Inter de Milão como parte da negociação que trouxe o sueco ao Barça, estava com 23 gols marcados a esta altura da temporada – 13 no Espanhol.
Ibrahimovic está com 12 gols, bem longe do argentino Lionel Messi, artilheiro do Espanhol, com 19, e do Barcelona, com um total de 26.
Aliás, o argentino deve ficar com a artilharia na Espanha se mantiver a média: depois de marcar os dois no empate com o Almería, chegou aos 19 em 22 partidas – dois à frente do atacante David Villa, que ainda joga nesta rodada pelo Valencia.
Messi está a apenas quatro gols dos 23 feitos na temporada passada – quando o uruguaio Diego Forlán acabou como artilheiro, com 32. O argentino, que já ganhou todos os prêmios individuais que um jogador pode receber na carreira, nunca foi goleador máximo de uma competição.
A melhor temporada em termos de gols do argentino foi a última, com 38 marcados: 23 no Espanhol, 9 na Liga dos Campeões e 6 na Copa do Rei. No torneio nacional, Messi marca um a cada 97,5 minutos.