Mais do que uma artista bem-sucedida, Lady Gaga é uma imagem. A cantora conseguiu, melhor do que qualquer artista que surgiu nos últimos anos, unir em seus videoclipes grandes hits e várias referências visuais e icônicas da pop art, dialogando com diversas concepções de mercado e de cultura de massas.
Essa linguagem, cheia de força, criou um novo patamar para artistas que pretendem criar trabalhos de destaque dentro do mercado da música pop.
Lady Gaga criou sua força ao investir em figurinos espalhafatosos (e que trazem importantes referências do mundo da moda, como as peças de Alexander McQueen utilizadas em Bad Romance), refrões fortes e grudentos (“Ra Ra Ra aaa Roma Aaaaa Ga ga Ula La la”, por exemplo) e referências a filmes e ícones do pop (como as citações a Kill Bill, Madonna, David LaChapelle, Thelma & Louise e Michael Jackson em Telephone).
Obviamente, o sexo é um elemento forte em todos os clipes da cantora. Mas Lady Gaga também sempre aborda, de forma sutil, outro elemento perturbador: a morte, como acontece nos vídeos de Paparazzi, Bad Romance e Telephone. Sexo e morte, amor e ódio – ela adora trabalhar com os extremos e subverter as imagens pré-concebidas da sociedade atual.
Entretanto, para todas essas referências e paradoxos existem limites. E eles estão no próprio discurso da cantora: ao mesmo tempo que mostra um forte desejo de transformar sua música em algo a mais, também exagera no próprio mito e cai na superficialidade. Se vai continuar se reinventando e entrar no hall das artistas imortais, só o tempo vai dizer.
Aproveite para assistir todos os vídeos da cantora abaixo:
Just Dance:
Beautiful, Dirty, Rich:
Poker Face:
Eh, Eh (Nothing Else I Can Say):
Paparazzi:
Bad Romance:
Telephone: