Será que os geeks reunidos na Campus Party, que passam mais de 10h conectados, sabem a história de como a internet surgiu? Steve Crocker, um dos pais da rede, tratou a todos campuseiros como se eles não fizessem ideia e contou uma longa história sobre como tudo começou.

Steve disse logo no começo da palestra que era uma grande festa ter todos reunidos aqui e comparou o nascimento da internet e a Campus Party com o festival Woodstock. Ele lembrou que no início da computação, as áquinas eram enormes e ocupavam salas inteiras. Bem diferente de hoje, que netbooks e tablets tomam conta das bancadas da Campus.

Crocker estudou na UCLA (University of California, Los Angeles) na década de 1960, e foi um dos responsáveis pela criação dos protocolos da Arpanet, que serviram como base para internet. O projeto começou com dez pessoas e foi crescendo — ganhou cooperação do Reino Unido, Canadá e França. “Era um projeto aberto, com padrões abertos’, explicou.

Mais tarde, foi gerente de programa da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), ligada ao Departamento de Defesa dos EUA, que prosseguiu com o desenvolvimento do que viria ser a internet como conhecemos hoje.

Durante o papo com os campuseiros, Steve falou ainda sobre segurança na internet. Falou que no início cada computador tinha seu próprio sistema de segurança. A internet, apesar de aberta, era uma “rede pequena, onde todos se conheciam”. Mais tarde, com o aumento do número de internautas, surgiram os softwares antivírus, firewalls e a criptografia. Em seguida, veio o DNS, sistema que organiza nomes de domínios, e o DNSSEC, evolução do DNS que reduz o risco de manipulação de dados ou domínios forjados a partir de um sistema de resolução de nomes com um padrão de segurança mais rígido.


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Steve Crocker, um dos pais da internet, foi a atração desta quinta-feira na CP4