O ex-técnico da CIA Edward Snowden, requerido pela justiça dos Estados Unidos por divulgar informações confidenciais, pediu asilo a 21 países, entre eles vários latino-americanos, revelou nesta terça-feira o site do Wikileaks.
Além de Equador e Islândia, países dos quais já havia solicitado refúgio, Snowden pediu asilo a outros 19 países através de sua assessora legal, Sarah Harrison, que entregou os pedidos às autoridades consulares no aeroporto de Moscou no último domingo.
Brasil, Áustria, Bolívia, China, Cuba, Espanha, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Itália, Irlanda, Holanda, Nicarágua, Noruega, Polônia, Rússia, Suíça e Venezuela são os outros países que o fugitivo americano pediu asilo político.
Segundo o Wikileaks, as solicitações de Snowden serão transmitidas pelas autoridades consulares russas às embaixadas de todos estes países em Moscou.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse ontem estar disposto a conceder o asilo se o solicitante acabar com seu trabalho contra os Estados Unidos.
“Se ele (Snowden) quer ficar aqui há uma condição: deve parar com seu trabalho dirigido a causar danos aos nossos parceiros americanos”, declarou o chefe do Kremlin.
Nove dias após sua chegada na Rússia, o ex-técnico da CIA que revelou uma trama em massa de espionagem das comunicações telefônicas e de internet dos Estados Unidos e do Reino Unido, continua sem sair da área de trânsito do aeroporto da capital russa.
O ex-técnico da CIA Edward Snowden acusou na segunda-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de “mentir” e de utilizar a “agressão política” contra outros países para conseguir sua extradição.
“Este tipo de mentira por parte de um líder mundial não é justiça e também não o é o castigo extrajudicial do exílio. Estes são antigos e maus instrumentos de agressão política. O propósito é intimidar, não a mim, mas aqueles que virão depois de mim”, diz o comunicado de Snowden postado no site do Wikileaks.
Snowden, que desde 23 de junho está na zona de tráfego do aeroporto de Sheremetievo, em Moscou, solicitou asilo político na Rússia, informaram hoje fontes diplomáticas locais.