A rede social Ask.fm anunciou nesta segunda-feira que adotará novas medidas de segurança para facilitar as denúncias de assédio depois que uma adolescente britânica de 14 anos se suicidou por ter sido supostamente insultada nessa plataforma.
A decisão foi motivada pelo suicido de Hannah Smith no último dia 2 de agosto aparentemente devido aos insultos e ameaças que recebeu em seu perfil no Ask.fm, uma rede social em que os usuários postam perguntas e resolvem dúvidas de forma anônima.
O suicídio da jovem motivou uma campanha no Facebook iniciada por seu pai, Dave Smith, para pedir maior segurança na rede social contra o anonimato dos usuários. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediu que os administradores da rede social “modificassem suas normas”.
Após a polêmica, alguns anunciantes retiraram suas propagandas do Ask.fm na semana passada, apesar de os responsáveis pela rede social terem afirmado em comunicado que colaborariam com as investigações da polícia britânica.
Hoje, os administradores da rede social anunciaram que adotariam novas medidas de segurança para, principalmente, tornar “mais visível” a opção de denunciar o assédio cometido por parte de outro usuário e que contratarão mais funcionários para atender a essas denúncias.
O Ask.fm anunciou também outras medidas como: moderar com mais frequência os comentários postados na rede, limitar o acesso anônimo ao site e oferecer a opção de bloquear perguntas anônimas para os usuários.
Essas mudanças entrarão em vigor a partir de setembro e foram bem recebidas por Dave Smith, que disse em entrevista à emissora “BBC” que os administradores da rede social “estão dando um passo à frente para que ainternet seja mais segura para as crianças”.
John Carr, assessor do governo britânico para assuntos de segurança infantil, afirmou que a quantidade de moderadores que a rede social vai contratar será “crucial”, assim como uma rapidez nas respostas para as denúncias de assédio.
Um recente relatório por parte da organização britânica National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC) indicou que uma em cada cinco crianças foi alvo de algum tipo de assédio na internet.