No dia dois de novembro de 1988, mais precisamente às 18h, o estudante americano Robert Tappan Morris distribuia, de dentro do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) o que seria considerado a primeira praga virtual a se espalhar pela internet.

O “Morris worm” infectou 10% dos computadores do mundo naquele ano e inutilizou grande parte dos sistemas contaminados. O vírus pegou de surpresa os administradores e os usuários da internet, que nunca tinham visto nada parecido em suas máquinas.

Para se espalhar, o vírus se aproveitava de brechas na segurança existentes em softwares como o sendmail – de envio de correio eletrônico – e o fingerd – que fornecia informações aos usuários. Apenas computadores baseados em Unix foram contaminados.

Quase todos os worms semelhantes que apareceram desde então atacaram sistemas Microsoft: Blaster, Slammer, Code Red e Sasser. O último grande ataque do gênero contra sistemas Unix foi o Slapper, em 2002.

A principal consequência do primeiro worm foi a criação do CERT, grupo de especialistas responsável pela comunicação e tratamento de incidentes de segurança. Além disso, foi depois do episódio que se iniciou um processo de valorização da segurança em softwares.

Robert Tappan Morris, que criou o vírus, acabou sendo condenado por fraude em computadores, em 1990. Apesar de não ter sido preso, precisou pagar uma multa no valor de US$ 10 mil e prestar 400 horas de serviços comunitários.

Quando o vírus foi criado, o pai de Robert trabalhava na Agência Nacional de Segurança dos EUA. Hoje, Robert é professor do MIT, mesma instituição de onde ele disseminou a primeira praga virtual.


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