O presidente francês, Nicolas Sarkozy, abriu nesta terça-feira (24) uma reunião com as maiores personalidades da internet, encontro prévio à cúpula do Grupo dos Oito (G8, que reúne os países ricos) com um chamado para “liberar a internet” e aproveitar “essa revolução” para “melhorar a vida das pessoas”.

“Alguns dos países mais poderosos do mundo têm de reconhecer o papel de vocês na história”, afirmou o presidente diante de 1 mil personalidades influentes do assunto entre os quais o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e o presidente da Google, Eric Schmdit.

As vésperas do encontro que reunirá na localidade de Deauville, no noroeste da França, os chefes de Estado e de Governo das oito potências mais industrializadas, Sarkozy assinalou que “os Estados não podem perder a oportunidade de progresso” que representa a internet para “reforçar a democracia, o diálogo social e a solidariedade”.

Sarkozy colocou à internet na categoria de “revolução”, mas esclareceu que “ao contrário de no passado quando esta foi gestada nos campos de batalha, agora o movimento ocorre nas universidades”.

Promotor do encontro de dois dias realizado em Paris pela primeira vez, Sarkozy destacou que os chefes de Estado do G8 têm de enfrentar “com humildade” o desafio que representa a internet, uma “mudança formidável que ainda não acabou”.

Apesar do enorme impacto da internet, Sarkozy assinalou que “os Governos são os únicos representantes legítimos da vontade geral” e advertiu dos riscos de “caos e anarquia” que pode representar esquecê-lo.

O presidente francês pediu uma reflexão para que a rede favoreça a cobrança de direitos autorais de propriedade intelectual e respeite a propriedade intelectual, a fim de que “a web não acabe com a criação”.

Ele ressaltou a incidência da internet nas revoltas da Tunísia e do Egito, mas acrescentou o caso do Irã, que “embora não tenha levado à saída do presidente foi o primeiro momento onde a rede teve um papel considerável”.

Neste sentido, Sarkozy indicou que “a internet livre faz a diferença entre uma ditadura e uma democracia” e acrescentou que “os que tentaram impedir o serviço ficaram do lado das ditaduras”.

Convencido de que a rede avançará no mundo todo apesar de “não tem bandeiras nem slogans”, o presidente francês assinalou que “a internet pertence a todo o mundo”.


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Presidente da França pede em evento para que a internet seja livre