O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, declarou que “não é possível fazer dois Grandes Prêmios (GPs) [de Fórmula 1] na Itália” e expressou sua preferência para a criação de circuitos em “novos mercados”.
“Não é uma reprovação de Roma, é que com base na tendência geral dos times, não podemos fazer dois GPs na Itália”, atestou o chefe da escuderia italiana.
Sua declaração fez coro ao presidente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, que ontem também se manifestou sobre o assunto, após o prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno, apontar que gostaria que o país recebesse mais uma competição da corrida ao ano.
A defesa por parte de Ecclestone demonstra uma mudança em sua postura, que em março de 2010 chegou a anunciar a inclusão de Roma no calendário da competição, o que faria as escuderias terem que competir em 20 provas a partir de 2013, de acordo com o plano anunciado.
Na época, o ex-diretor da Renault Flavio Briatore classificou a sugestão como “excessiva”. Segundo Montezemolo, “como disse durante a ceia de Natal em Maranello, a tendência geral da equipe [da Ferrari] era de não participar de um certo número de Grandes Prêmios”.
Ele opinou que “seria preferível dar lugar a novos países e novos mercados, primeiro entre os Estados Unidos ou a Índia, ao contrário de ter dois GPs na Alemanha, na Espanha ou eventualmente na Itália”. “O problema é decidir onde, assegurando o papel histórico de Monza”, atestou.
Outra possibilidade seria fazer com que Monza e Roma revezassem, a cada ano, a recepção do GP da Itália. Esta hipótese, segundo o administrador da escuderia, “depende se Ecclestone gostar e se há condições e se Monza e Roma aceitarem”.
“O que é certo é que na Itália não podemos fazer dois GPs [em um mesmo ano], porque Monza detém um Grande Prêmio permanente e histórico. Porém, todos os caminhos são possíveis”, completou.