Ator do Porta dos Fundos, Gabriel Totoro está com um novo canal de game, o Totorial. Nele, sob direção de Gustavo Chagas, Totoro comenta notícias, entrevista convidados, além de fazer reviews/gameplays de novos jogos.
A programação está prevista para estrear no comecinho de fevereiro, mas já estão rolando algumas coberturas, veja (aqui).
Nós trocamos uma ideia com Totoro sobre sua infância e adolescência gamer do ator carioca de 32 anos.
Como o universo dos games entrou na sua vida e por que resolveu montar o canal?
Eu jogo videogame desde de pequeno! Tenho um tio que é colecionador e sempre comprava todos os videogames que eram lançados. Desde os mais conhecidos, como o Super Nintendo, até os mais obscuros, como o 3DO. E isso sempre me ajudou a sustantar meu “vício”.
Quais foram os três jogos que mais marcaram a sua infância e adolescência?
Nessa época, eu jogava muitos jogos de RPG. Acabei aprendendo a ler e escrever em inglês jogando jogos como Final Fantasy VI (Super Nintendo), Baldur’s Gate (PC) e Suikoden II (Playstation 1).
Como vê o fato de o videogame hoje ter status de esporte, jogadores milionários o que levou a esta mudança, na sua opinião?
É uma evolução natural. Os primeiros campeonatos de e-sport aconteceram há mais ou menos 18 anos, numa época em que o mercado de games era focado no público adolescente e infantil.
Com o amadurecimento desse mercado com jogos como League of Legends, que é jogado por quase 30 milhões de pessoas todos os dias, passou a existir um investimento muito forte nos campeonatos. Hoje em dia é importante no lançamento de qualquer jogo multiplayer, um foco no cenário competitivo, como a Ubisoft está fazendo com o Rainbow Six Siege e a Blizzard, com Overwatch aqui no Brasil.
Crê ser possível traçar um paralelo com o Porta dos Fundos, que foi um marco na virada do paradigma da TV para o YouTube?
São situações diferentes. Apesar de todo o carinho e o cuidado que tivemos quando lançamos o canal, não tínhamos como esperar o sucesso repentino que o Porta fez. Era difícil imaginar a proporção e a importância do que a gente tava fazendo.
Como humorista, você eventualmente deve ser abordado por umas pessoas sem noção, como lida com este tipo de assédio?
Faz parte do pacote isso. Acho que como as pessoas têm uma relação mais próxima com o que assistem no YouTube do que na televisão, elas não têm tanta vergonha de vir falar com a gente. É legal ter um reconhecimento do trabalho, então tem que ter um pouco de paciência, até por que 99% das vezes é gente elogiando.