A probabilidade de você se deparar com uma comunidade no Orkut ou Facebook que traz perfis de pessoas que já morreram é grande. Participar dela, porém, é outro caso. Muitos não querem mexer com o além. Outros pensam em deixar suas mensagens de apóio aos parentes e até rezas para aqueles que deixaram a vida na Terra.

Chega de comunidades específicas! Nos EUA uma rede social é decidada 100% às pessoas mortas. O Footnote segue a linha do Orkut e Facebook, na qual o usuário se cadastra, cria um perfil (próprio, do ente querido) e já interage com outras pessoas. Com 80 milhões de perfis logo em seu nascimento, a idéia é cultuar a memória de quem se foi e deixar o parente criar, postar imagens, biografias do ente querido morto. Há também a possibilidade de fazer uma espécie de árvore genealógica das pessoas que já morreram da família.

Ao surgir, o Footnote possuia 80 milhões de perfis de mortos. Todos os dados foram retirados do Sistema de Seguridade Social Americano. O projeto pode ser bizarro, mas alguns mortos, como heróis de guerra, cantores e artistas, já ganham destaque e excelente visualização de perfil.

Você pode querer distância dos mortos, achar o projeto um tanto quanto anti-ético, uma brincadeira de mal gosto… A verdade é que os americanos gostaram da idéia, tanto é que o evento TechCrunch50 elegeu a rede social Footnote um dos cinqüneta melhores projetos para a internet.

O Footnote parece mórbido, mas a verdade é que muitas pessoas deixarão mensagens de saudades, apóio etc, para os mortos. Vai dizer que você não gostaria de enviar um recadinho para o Elvis Presley pela internet? É uma das formas, até então.


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Orkut para os mortos? Esta é a sombria idéia do Footnote

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