Com 80% dos computadores vítimas de ameaças online, o Brasil é hoje um dos países líderes em cibercrimes no mundo, atrás apenas de China, África do Sul e México. Já são 220 mil vírus circulando no país e a cada 39 segundos um hacker ataca um computador. Diante desta realidade, acaba de ser lançado o Movimento Brasil sem Vírus que tem por objetivo contribuir para mudar o cenário de infecção de computadores no país. 

O crime é virtual, mas as consequências são reais: todos os dias 77 mil brasileiros são vítimas de golpes online, o que chega a causar perdas de 60 bilhões de dólares por ano ao país1. Em 2011, até os computadores da presidente Dilma Roussef, Petrobrás e de diversos municípios do país foram vítimas de invasões. 

Mês da vacinação – A primeira ação do movimento para mudar este cenário a partir 2012 será o lançamento do aplicativo www.brasilsemvirus.com.br para uma vacinação em massa de computadores. Usuários do país todo poderão acessá-lo e baixar gratuitamente antivírus que vai manter a máquina protegida contra ataques de vírus, hackers e programas espiões. Estarão disponíveis produtos como o SuperProteção da Globo.com em parceria com a McAfee (disponível gratuitamente por 90 dias), que também apóia o movimento, além de AVG e Avast. A expectativa é que cerca de 2 milhões de vacinas sejam distribuídas. 

Aqueles que já têm antivírus também poderão participar: basta escolher a opção “Seja um voluntário” e espalhar o movimento para seus amigos e familiares.  

Copan – Um dos cartões-postais de São Paulo e maior edifício da América Latina, o Copan já aderiu ao Brasil sem Vírus. No dia 4 de fevereiro, sábado, voluntários do TechTudo e do CDI farão uma varredura antivírus no local. Com 1.160 apartamentos e mais de 2 mil moradores, o prédio tem cerca de 580 computadores, e todos receberão a vacina. 

A diversidade dos moradores do Copan é simbólica para o Movimento, porque representará os diferentes perfis de usuários da internet. Se antes o risco era apenas dos jovens conectados, atualmente todos que acessam seus bancos online, que estão nas redes sociais ou que simplesmente recebem e enviam e-mails estão vulneráveis às ameaças. E elas podem causar desde prejuízos financeiros (segundo a Febraban, no primeiro semestre de 2011, as perdas com fraudes eletrônicas chegaram a R$ 685 milhões) até perda de materiais de trabalho e memórias afetivas, como fotos e vídeos.



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Movimento "Brasil Sem Vírus" é lançado para tirar o país do topo do ranking de ameaças virtuais