De acordo com uma pesquisa da Universidade de Dayton, nos Estados Unidos, os moradores de rua que usam as redes sociais encontram nelas condições mais igualitárias, sentindo que são mais aceitos pelo resto da população.
O sociólogo e criminologista Art Jipson foi, que conduziu o estudo, entrevistou diversos moradores de rua e descobriu que o principal objetivo em usar as redes sociais é para consultar questões práticas, como onde conseguir a próxima refeição, encontrar lugares seguros e quentes para dormir, além de pesquisar serviços sociais que os interessem.
Além disso, Jipson percebeu também que alguns deles veem as redes sociais como uma espécie de refúgio, um lugar onde podem interagir com outras pessoas sem serem julgados.
A ideia inicial para começar a pesquisa veio por acaso, enquanto ele apresentava um programa de rádio na universidade. Ao pedir o nome e a localização de um ouvinte que havia ligado para o programa, descobriu que ele era um morador de rua, mas tinha um telefone celular.
A partir disso, ele marcou um encontro com o ouvinte, que o levou a ter contato com um grupo de moradores de rua, onde descobriu que a maioria deles usava o Facebook, e que cada um tinha em média 100 contatos adicionados na rede social.
O estudo será apresentando durante o 107º Encontro Anual da American Sociological Association, de 17 e 20 de agosto na cidade de Denver, nos EUA.