Festas juninas: como festas sazonais criam oportunidades a crimes cibernéticos (Foto: Divulgação)

Mais de 21,6 milhões de pessoas participaram das festividades juninas no Brasil em 2024, segundo o Ministério do Turismo, impulsionando atividades significativas nos setores de mobilidade e eventos digitais. Paralelamente às comemorações, há um aumento notável no uso de aplicativos móveis de transporte, carteiras digitais, plataformas de venda de ingressos e redes Wi-Fi públicas, tornando essa alta temporada um alvo para fraudes digitais. As ameaças mais comuns incluem phishing, roubo de credenciais e ataques de engenharia social. Especialistas alertam empresas e usuários sobre como se proteger.

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De acordo com a Clear Sale, empresa especializada em prevenção a fraudes, mais de 236,7 mil tentativas de fraude digital foram registradas em junho de 2024, coincidindo com o auge das festas juninas. “A combinação entre o alto volume de downloads, o uso frequente de Wi-Fi público e a segurança inadequada de alguns apps móveis cria o cenário perfeito para ataques cibernéticos. Os criminosos aproveitam os períodos festivos para lançar versões falsas de aplicativos legítimos, com o objetivo de roubar credenciais bancárias e cometer fraudes em tempo real”, afirma Chris Roeckl, Chief Product Officer da Appdome, empresa de defesa contra fraudes em aplicativos móveis.

Em Jundiaí (São Paulo), foram criadas áreas específicas para embarque e desembarque de passageiros para apps como Uber e 99. Enquanto isso, a ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis) relatou um crescimento de 15% na demanda por aluguel de carros em junho, impulsionado tanto pelas festas quanto pelas férias escolares.

O setor de entretenimento também registrou um aumento significativo no engajamento digital. Por exemplo, o evento “Arraiá do Botafogo Praia Shopping”, no Rio de Janeiro, exigiu que os participantes adquirissem ingressos exclusivamente pelo app do shopping, evidenciando a crescente dependência das plataformas digitais para acesso a eventos e gestão de público. Embora a Sympla, maior plataforma de eventos do Brasil, ainda não tenha divulgado dados para o período, tendências do setor indicam crescimento constante da demanda.

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Esse aumento da atividade de usuários nas plataformas digitais naturalmente atrai a atenção dos cibercriminosos, que enxergam os eventos sazonais como oportunidades para executar golpes sofisticados. As principais ameaças incluem clonagem de apps e ataques Man-in-the-Middle (MitM), em que os criminosos interceptam dados em conexões desprotegidas.

A Appdome, empresa de cibersegurança especializada em defesa para apps móveis, alerta que muitos apps ainda carecem de proteções embutidas contra ambientes móveis inseguros, tornando-os vulneráveis a engenharia reversa, rooting de dispositivos, captura de pacotes e outras técnicas maliciosas mesmo quando a fraude ocorre fora do ambiente oficial do app.

À medida que os eventos culturais se tornam cada vez mais digitais, a segurança de apps móveis evolui para uma necessidade estratégica. Apenas no período das festas juninas, o Centro de Inteligência Turística da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo estima que o estado gerou cerca de R$ 318,8 milhões (aproximadamente US$ 60 milhões) em receita turística. Garantir experiências digitais seguras é vital para manter a confiança do consumidor. Qualquer falha de segurança pode prejudicar seriamente a reputação da marca, gerando avaliações negativas, reclamações públicas e até o abandono da plataforma.

Para reduzir esses riscos, especialistas recomendam a implementação de camadas de segurança dentro do próprio app, que possam detectar e bloquear clonagem, engenharia social, tentativas de fraude e conexões suspeitas em tempo real. Soluções como MobileBot Defense e ThreatScope Mobile XDR, ambas baseadas em inteligência artificial, foram criadas para identificar comportamentos anômalos e neutralizar ameaças antes que impactem os usuários finais.

“Os consumidores não devem ser o elo mais fraco da segurança digital. Cabe às marcas proteger seus apps móveis desde o momento da instalação até a última interação do usuário. Não fazer isso pode comprometer, em questão de minutos, anos de construção da reputação da marca”, conclui Roeckl.


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