Hackers que invadiram desde quinta o o grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que tinha 2,2 milhões de pessoas, expulsaram as administradoras e mudaram o nome da página para Mulheres Com Bolsonaro.
Porta-vozes do Facebook disseram ao Catraca Livre que a empresa está tomando providências contra os hackers. “O grupo foi temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras”.
Dados pessoais foram expostos publicamente pelos hackers, que fizeram ameaças e ofensas. Homens adicionados ao grupo comemoram com afirmações do tipo: “Hackers desse meu Brasil! Amo vocês! O grupo Mulheres contra Bolsonaro, agora se chama, Mulheres COM Bolsonaro KKKKK”.
De acordo com uma das criadoras do grupo, o objetivo é lutar contra o “fascismo e o retrocesso”.
“É de conhecimento geral que os apoiadores do fascismo utilizam-se dos meios mais sórdidos para tentar calar aqueles que não aceitam passivos a disseminação do discurso de ódio proferido pelo candidato que fazemos frente de resistência absoluta”, afirmam as responsáveis pelo grupo.
“Mulheres ocupando espaços de fala nas redes sociais e na mídia, ocupando as ruas e exigindo o devido respeito aos seus direitos conquistados incomoda e muito aqueles que nos querem caladas e submissas, trancadas na esfera do privado, encarceradas. A nossa voz definitivamente não será amordaçada! Não recuaremos um segundo sequer perante ameaças! Sofremos constantes tentativas de silenciamento, assediadas diariamente, somos ameaçadas de estupro, de morte, de termos nossos nomes e informações expostas”, ressaltam.
“Nossa resposta será nas urnas, onde iremos mostrar a força das mulheres, pois nossa união não é feita através da violência, mas na certeza de que juntas somos mais fortes e que temos o poder de direcionar nosso país para longe de um discurso racista, misógino e homofóbico”, completam.