O chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, deixou neste domingo nas mãos do príncipe herdeiro do Bahrein a decisão sobre a realização no mês que vem do primeiro Grande Prêmio da temporada no país.
Está previsto que o Bahrein receba os últimos treinos da pré-temporada da Fórmula 1, entre os dias 3 e 5 de março, e a primeira prova do Mundial, no dia 13, mas a manifestação popular no país deixou tudo indefinido.
Em declarações à “BBC”, Ecclestone ressaltou que o príncipe Salman ibn Hamad ibn Issa al-Khalifa é a pessoa mais indicada para decidir se pode ocorrer os treinos e a corrida.
“Ele saberá se é seguro para nós estarmos lá. Eu não tenho nem ideia. Não estou lá, portanto não sei”, disse Ecclestone, que acrescentou que não recomendará viagens para esse reino do Golfo Pérsico a menos que tenha uma plena garantia de segurança.
O príncipe é o filho do rei Hamad bin Isa Al Khalifa e o comandante das forças armadas, que no sábado se retiraram da praça da Pérola de Manama, centro dos protestos populares que exigem uma democratização do regime.
O Ministério de Assuntos Exteriores britânico aconselhou na sexta-feira seus cidadãos a não viajarem para o Bahrein se não for essencial.
Caso o Grande Prêmio não possa ser realizado no país, Ecclestone descartou transferir a competição para outro lugar na mesma data, porque não há tempo suficiente para organizar.
No entanto, considerou que poderia adiar a competição e voltar ao Bahrein depois que a situação política se normalizar.
A decisão definitiva, acrescentou, será tomada na terça-feira. “Esperemos que tudo esteja bem”, disse.