O diretor esportivo da Ferrari, Stefano Domenicali, confessou não estar contente com o primeiro resultado obtido na construção do novo carro da escuderia italiana, o F2012, embora prefira esperar para emitir um julgamento definitivo.
Em um encontro com a imprensa em Milão, Domenicali afirmou que será preciso aguardar pelo menos quatro corridas para saber o nível que o monoposto poderá alcançar nas mãos do espanhol Fernando Alonso e do brasileiro Felipe Massa.
“Não estou contente com o carro porque não alcançamos o objetivo prefixado, não porque sejamos mais lentos que os demais. Não estou contente com a forma como nasceu o carro, mas o Mundial é bastante longo”, avaliou o diretor esportivo da escuderia.
“Tínhamos pedido aos engenheiros um carro extremo para recuperar a diferença frente aos Red Bull. Eles nos deram uma solução de grande potencial (os sistemas de escapamento), mas que comporta ainda uma diminuição da sustentação e um superaquecimento dos pneus. Começamos de um modo diferente”, acrescenta.
Estas palavras vão ao encontro da linha de certo pessimismo expressado no início do mês no circuito da Catalunha (Espanha) pelo diretor-técnico da Ferrari, Pat Fry, que praticamente excluiu a possibilidade de um pódio na primeira corrida do ano, na Austrália, em 18 de março.
Por fim, Domenicali demonstrou confiança em Felipe Massa, que “amadureceu” e hoje, em sua opinião, tem uma relação melhor com Alonso: “pela primeira vez falaram por telefone após os testes para trocar impressões”, indica.