O piloto russo Vitaly Petrov, companheiro de equipe do brasileiro Bruno Senna, criticou duramente a Renault nesta sexta-feira (18) devido ao mau rendimento de seu carro durante a segunda parte da temporada do Mundial de Fórmula 1.
“Quanto perdemos nas paradas nos boxes? Quanto perdemos em estratégia? Por essas coisas, perdemos umas dez corridas, ou até mais”, afirmou Petrov à imprensa russa.
O piloto lembrou que o primeiro semestre foi bom para a escuderia francesa, mas ressaltou que a forte queda de rendimento na segunda metade do ano o afastou da briga pelos pontos.
“A equipe parecia forte nas primeiras cinco ou seis corridas da temporada. Não podíamos competir com Ferrari, Red Bull e McLaren, mas éramos muito mais rápidos que a Mercedes. Mas durante as últimas dez corridas, não tivemos nada. Estamos conduzindo praticamente o mesmo carro que no começo”, comentou.
Petrov é atualmente o nono colocado do Mundial de Pilotos, com 36 pontos, enquanto a Renault está em quinto lugar entre os construtores, com 72 pontos. A melhor posição do russo em uma corrida foi o terceiro lugar obtido no GP da Austrália, que abriu a temporada.
O piloto de 27 anos considerou que seu carro quase não melhorou evoluiu em 2011 e que, para piorar, a equipe tomou várias decisões erradas durante as provas.
“Mesmo sem ter um carro rápido, poderíamos ter conquistado alguns pontos se tivéssemos tido uma boa estratégia. Não podia dizer nas entrevistas que perdemos devido às paradas em boxes. Infelizmente, não posso falar mal da equipe, já que está escrito em meu contrato. Mas não posso permanecer calado por mais tempo”, desabafou.
“Certamente, o primeiro pódio (na Austrália) foi animador para mim, para a Rússia e para todos os torcedores. Mas depois me irritei com a situação e tentei fazer alguma coisa”, completou.
Primeiro piloto russo a correr na Fórmula 1, Petrov considera possível que a Renault o substitua.
“Isto é a Fórmula 1. É um negócio. Olha a situação na Williams. Há uns 20 pilotos querendo pegar o segundo carro. Até o campeão mundial Kimi Raikkonen pediu que o deixassem retornar por uma quantia em dinheiro”, declarou.