Uma equipe de cientistas australianos anunciou nesta quinta-feira em Sydney um avanço decisivo na elaboração de um computador de tecnologia quântica, muito mais potente do que qualquer um dos modelos atuais.
“Pela primeira vez, demonstramos a capacidade para representar e manipular informação no spin (de um elétron de um átomo de fósforo) para formar um bit quântico, ou ‘qubit’, a unidade básica de informação para um computador quântico”, declarou o professor Andrew Dzurak, da Universidade de Nova Gales do Sul.
“Esta questão é fundamental para avançarmos em direção ao computador quântico de silício baseado em átomos simples”, acrescentou o cientista.
Ao lado de Andrea Morello, Dzurak dirige a equipe de profissionais envolvidos no projeto, que também conta com cientistas da Universidade de Melbourne e de University College de Londres, cujos avanços foram publicados na revista “Nature”.
“O que fizemos foi combinar a física quântica com o transistor tradicional, quase padrão, de silício”, apontou Andrea.
Os pesquisadores australianos calculam que o primeiro computador quântico – idealizado pela primeira vez na década 70 -, poderá se tornar uma realidade entre cinco e dez anos.