Cibersegurança nas eleições: O Brasil está pronto para uma onda de ataques DDoS? (Foto: Divulgação)

Com as eleições municipais no Brasil caminhando para o segundo turno em várias localidades, é preciso estar atento ao crescente número de ataques DDoS (Distributed Denial-of-Service) que estão evoluindo, tornando-se cada vez mais graves e complexos. Esses ataques, que sobrecarregam sistemas e causam interrupções, estão se tornando mais frequentes e perigosos, especialmente em momentos críticos como eleições, onde a estabilidade de serviços é vital para a democracia.

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Antigamente, esses ataques eram simples e limitados, mas isso mudou. Agora, eles são mais sofisticados, podendo causar sérios prejuízos financeiros e, em alguns casos, afetar serviços essenciais como hospitais, distribuidores de energia, fornecimento de água, segurança pública, etc. E quando o assunto é eleição, esses riscos se multiplicam e intensificam ainda mais esse risco, colocando países como o Brasil, que está passando por  um novo período eleitoral, em estado de alerta.

“A cada eleição, as ameaças cibernéticas se tornam cada vez mais sofisticadas. O relatório da Akamai Technologies destacou um cenário preocupante na região EMEA, com um aumento significativo de ataques DDoS direcionados a governos, instituições públicas e setores que afetam diretamente a população. Esse cenário nos alerta para a importância da vigilância contínua, pois táticas semelhantes podem ser aplicadas também no Brasil”, diz Helder Ferrão, gerente de estratégia de indústrias da Akamai LATAM.

Hoje, qualquer pessoa com acesso à internet pode lançar um ataque DDoS, usando ferramentas que custam pouco e podem causar enormes danos. Na Europa e Oriente Médio, tensões políticas, como os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, têm intensificado os ataques, especialmente contra governos e setores críticos como saúde e finanças.

O relatório State of the Internet (SOTI) da Akamai Technologies destaca que a região tem sido fortemente impactada por tensões geopolíticas, como as guerras entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas, e alerta para o potencial impacto em qualquer região com eleições, como o Brasil. Em resposta, legisladores da EMEA têm reforçado as medidas de segurança cibernética com novas diretivas, como o NIS2 e o DORA, visando aumentar a resiliência contra ataques DDoS e outras ameaças.

O papel do setor privado para a cibersegurança global

Empresas especializadas em segurança cibernética desempenham um papel crucial na proteção contra esses ataques. Em 2022, a Akamai ajudou a Ucrânia a defender 20 sites governamentais de uma onda de ataques massivos. “O setor privado é um aliado estratégico. Empresas como a Akamai têm a tecnologia e a experiência necessárias para ajudar governos a proteger infraestruturas críticas, especialmente durante eleições”, reforça Helder Ferrão.

Para manter suas organizações seguras, a Akamai recomenda três passos simples:

  1. Postura proativa: Tenha controles de segurança em vigor antes de qualquer problema.

  2. Proteção de infraestrutura: Use soluções robustas para proteger sistemas como o DNS.

  3. Testes frequentes: Teste suas defesas regularmente para garantir que estão prontas para qualquer ataque.

“Durante o período eleitoral, é importante focar nas brechas e riscos tecnológicos que podem afetar resultados e, consequentemente, abalar a democracia do país. Garantir a integridade do processo de votação no cenário atual requer uma união de forças. Governos, empresas de segurança cibernética e a própria sociedade civil precisam trabalhar juntos para estabelecer barreiras robustas contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas”, conclui Helder.


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Cibersegurança nas eleições: O Brasil está pronto para uma onda de ataques DDoS?

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