O canadense Martin Reisch levou ao extremo o novo conceito de identificação digital ao utilizar um iPad como passaporte para entrar nos Estados Unidos, informou nesta quarta-feira a imprensa canadense.

Na última sexta-feira, Reisch partiu de Montreal, onde reside, e pegou a estrada com destino ao estado de Vermon (EUA), onde possui alguns amigos. Porém, pouco antes de chegar à fronteira, o canadense se deu conta de que havia esquecido seu passaporte.

Em vez de retornar para buscar o documento, Reisch lembrou que podia acessar uma cópia de seu passaporte através de seu iPad e decidiu tentar a sorte na fronteira. Isso porque, a cópia do passaporte no iPad era sua única identificação.

“Quando expliquei minha história ao agente americano, ele me olhou de forma indiferente. E o pior: se tratava de um agente bastante sério”, declarou Reisch ao jornal “Montreal Gazette”.

No entanto, em vez de impedir seu acesso ao país, o agente pegou o iPad e verificou os dados de Reisch. “Suponho que ele me procurou no computador e viu que não se tratava de nenhum criminoso ou terrorista”, acrescentou Reisch, que trabalha como fotógrafo.

No entanto, o Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça dos EUA (CBP, na sigla em inglês) disse hoje que a informação que Reisch pôde atravessar a fronteira com apenas uma fotocópia de seu passaporte em seu iPad “é categoricamente falsa”.

“Neste caso, o indivíduo tinha consigo tanto sua carteira de motorista como sua certidão de nascimento, que o agente da CBP utilizou para determinar a identidade e cidadania para permitir sua entrada no país”, disse a agência em comunicado.

Desde junho de 2009, os cidadãos americanos e canadenses que ingressam aos EUA por mar ou terra de qualquer ponto do hemisfério ocidental devem apresentar documentos de identidade válidos, entre estes passaportes e carteiras de motoristas, explicou a CBP.

Sob nenhuma circunstância são aceitas imagens digitais ou escaneadas destes documentos e se um viajante não apresentar os documentos requeridos pelas autoridades, os agentes da CBP têm a opção de determinar a identidade e cidadania por outros meios ou negar a entrada ao país, acrescentou.


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Canadense afirma ter entrado nos EUA usando iPad como passaporte