A Amazon anunciou que planeja baratear o preço dos livros eletrônicos que comercializa para seu leitor Kindle, depois que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou a Apple e algumas das maiores editoras do mundo, por concordar em subir preços dos ‘cyberlivros’.
“Esta foi uma grande vitória para os proprietários do Kindle. Estamos ansiosos para que nos permitam diminuir o preço dos livros”, diz comunicado da empresa. Não foram divulgados os planos desta redução.
A maior e mais diversificada loja virtual do mundo poderia voltar a comercializar livros digitais por US$ 9,99 (pouco mais de R$ 18), como fazia desde 2007, quando lançou o primeiro Kindle. Atualmente, a empresa vende as obras no valor de US$ 14,99 (pouco mais de R$ 27).
O anúncio é feito após a sentença contra a gigante tecnológica Apple, e as editoras Penguin, MacMillan, Simon & Schuster, Hachette e HarperCollins. Acusadas pelas autoridades antimonopólio dos Estados Unidos, as envolvidas fizeram um acordo com o Departamento de Justiça do país.
As empresas teriam se aliado secretamente para subir os preços dos livros digitais antes do lançamento da primeira geração do iPad, em 2010, que trazia a loja de ‘cyberlivros’ iBookstore.
De acordo com o processo a que responderam, o acordo buscava acabar com a liderança da Amazon, que dominava desde 2007 o setor de livros eletrônicos, com domínio de 90% do mercado graças à promoção de obras pelo preço de US$ 9,99.
“A contínua conspiração dos acusados e seus acordos, obrigaram que os consumidores de livros eletrônicos pagassem por eles dezenas de milhões de dólares a mais”, diz a sentença.
As edições digitais deixaram de custar o preço promocional para ficar em uma faixa entre US$ 12,99 e 16,99, devido a esse acordo. Devido ao processo, a Amazon pretende voltar à política de livros digitais a baixo custo.
O acordo HarperCollins, Simon & Schuster e Hachette com a Justiça supõe que durante dois anos elas não poderão impedir qualquer tipo de desconto nas vendas no comércio, como na Amazon.