A artista Yoko Ono, viúva de John Lennon, pediu nesta sexta-feira (29) em Hiroshima, no oeste do Japão, que o mundo não esqueça do “sofrimento durável” que a bomba atômica causou nessa cidade e considerou necessário entender o significado de uma catástrofe nuclear.
Yoko Ono, de 78 anos, fez tais declarações durante uma visita ao Museu Memorial da Paz de Hiroshima, onde se encontrou para receber o Prêmio de Arte de Hiroshima que foi concedido por seu trabalho como ativista pela paz, informou a agência local Kyodo.
“Quero que as pessoas de todo o mundo saibam o tipo de sofrimento durável que atingiu Hiroshima. Temos a responsabilidade de entender a catástrofe da bomba atômica”, disse.
A artista mostrou também sua desolação pela crise aberta na usina nuclear de Fukushima, gravemente danificada pelo devastador tsunami de março deste ano, e lamentou que seu país, o único afetado pela bomba atômica, viva novamente a ameaça da radioatividade.
Yoko Ono visitou o Museu da Paz de Hiroshima, inaugurado em 1955. A viúva de John Lennon mostrou seu “horror” ao ver as fotos das vítimas da bomba atômica na exposição.
Antes de visitar o museu, ela ofereceu flores perante o monumento em homenagem às vítimas da bomba lançada pelos EUA no dia 6 de agosto de 1945.
As autoridades de Hiroshima decidiram conceder o Prêmio de Arte da cidade a Yoko Ono por suas contribuições à paz mundial através da arte contemporânea.
Yoko Ono se pronunciou em várias ocasiões contra as armas nucleares com discursos para sua abolição como os efetuados em 2005 e 2010 na ONU, quando assistiu às conferências sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.