De malandro e louco todo mundo tem um pouco. Esse é um dos lemas que poderia definir perfeitamente a hilária Rosicler, personagem de Paula Cohen na novela “I love Paraisópolis”. A principal ocupação da irmã de Cicero (Danton Mello) é levar os turistas para dar um rolê na comunidade dentro de sua kombi estilosa. Volta e meia a gata se mete numas confusões bizarras, principalmente por querer se dar bem a qualquer custo.

Além de interpretar Rosicler, Paula está em cartaz como diretora do espetáculo “Cada Dois Com Seus Pobrema”, no Teatro Frei Caneca, todas terças, quartas e quintas, às 21h. E a peça “As Lágrimas Quentes de Amor que Só Meu Secador Sabe Enxugar”, sobre a qual a gente já falou aqui, também vai rolar em outubro, dessa vez no Rio de Janeiro.

A gente bateu um papo com a atriz para sacar melhor quem é Rosicler e por que todo mundo tá torcendo para essa doida se dar bem e entrar nos eixos, no fim das contas. Vem com a gente!

VIRGULA: na última vez que falamos com você, o foco foi bastante em teatro. Hoje, você tá com um papel bem divertido numa novela como “I Love Paraisópolis”. O que mudou de lá para cá?

Paula Cohen: basicamente mudou a minha rotina e o veículo pelo qual me expresso, neste momento, o meu interpretar. Tenho ficado entre estas duas cidades tão complementares, que são São Paulo e Rio de Janeiro. E me deliciado fazendo televisão, que exige do ator uma prontidão e uma disponibilidade bastante particulares.

V: e qual tem sido a parte mais legal de viver um personagem na novela?

P: eu estou amando encarnar Rosicler! Ela é uma mulher livre, que exerce com muita singularidade a sua vida, uma personagem riquíssima que te dá a chance de experimentar muita coisa. Desde o figurino criado por Labibe Simão, que é um escândalo, até a forma muito particular que ela tem de falar e de se mexer. Agradeço muito aos incríveis autores Alcides Nogueira e Mario Teixeira, e aos diretores Wolf Maya e Carlinhos Araújo por me confiarem um personagem tão especial.

V: como você definiria a Rosicler?

P: uma mulher brasileira, como tantas, que precisa se virar dia a dia. Matando vários leões para poder continuar no jogo da vida. Claro que, às vezes, ela pega caminhos tortos para chegar em determinados lugares. A sua moral poderia ser considerada duvidosa a partir de algumas atitudes, mas ela é de natureza impulsiva e imediatista, não tem muito tempo. Tem também a coisa dela ser fogosa, ser bastante livre em relação à sedução. É uma moeda de troca que ela usa na vida para conseguir o que ela precisa. Mas não tem nenhum peso e nem moral nisso, é assim que é, naturalmente.

V: você acha que todo mundo tem um pouquinho de Rosicler?

P: acho sim. Umas mais, outras menos! Rsrsrsrs!

V: e qual foi o grande desafio de viver esse personagem?

P: a forma que ela fala é muito diferente da minha. Embora eu também seja paulistana, falo o “R” de maneira diferente. Ela também “erra” algumas palavras, tipo, fala “Ovbio”ou “Iorgut”. Eu também não uso tanta gíria… Enfim, é outro tipo de embocadura. Confesso que me deu tanto prazer quando comecei a brincar com o jeito dela falar que, às vezes, tenho falado como ela enquanto estou entre amigos, na minha vida pessoal.


V: como tem sido a reação das pessoas? Tão curtindo a Rosicler?

P: as pessoas adoram ela! Têm muito carinho, acham que ela é maluca e engraçada. Ela carrega uma liberdade e uma coragem que as pessoas admiram e até gostariam de experimentar. É bom estar fora dos padrões, eu pelo menos adoro, e acho bom ver no olho das pessoas a admiração por isso.

V: e você acha que ela vai se dar bem no final das contas?

P: Acho que sim! Ela merece… Ela merece! Olha a atriz apaixonada defendendo a sua personagem! Tô brincando, acho que sim, talvez ela ainda dê umas “cameladas” em consequência de alguns erros cometidos, tipo ter roubado o crachá do Cicinho, irmão que ela tanto ama. Mas, de resto, acho que não existe por que puni-la. Quero também dizer que estou muito feliz de contracenar com atores tão talentosos. Essa novela reuniu um excelente time e isso é lindo de ver. Na prática, é um grande prazer!

E aí, Rosicler merece ou não a nossa torcida? A gente acha que sim! Vem ver alguns dos melhores momentos dela em “I Love Paraisópolis” aqui na galeria:

I Rosicler

"Eu levaria papel e caneta para poder escrever poesia, inspirada por uma absolutamente nova atmosfera, geografia! Isso se eu realmente conseguisse embarcar, por conta do medo de encarar o espaço"
Créditos: Divulgação

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Todo mundo é um pouco Rosicler: conheça a "trambiqueira" mais legal de I Love Paraisópolis

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