Duda Reis conversou com Danilo Gentili na sexta-feira. Atriz, modelo e influenciadora, tem quase 10 milhões de seguidores no Instagram e criou um instituto para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica.
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Questionada sobre a razão de ter tantos seguidores, avalia: “acho que tem gente que me segue porque gosta do meu estilo de vida, quer ver alguma dica de moda. Tem gente que me segue porque quer me ouvir conversando, algumas pautas. Eu posto minha vida, as pessoas vão se identificando. Falo sobre várias coisas que considero importantes em prol da mulher”. Sobre os homens que a seguem, conta: “tem de tudo. Todo dia recebo um pedido de casamento. As pessoas falam ‘vende para mim uma pack do seu pé?’. Falo ‘cruz credo, que coisa feia’”.
Jogadora de futevôlei e boa de embaixadinhas, dá uma demonstração de sua habilidade durante o papo e também recebe um pratinho de doces de Juliana. Sobre dividir comida, brinca: “para namorar comigo tem que entender que a minha comida é minha e a sua comida é nossa”. A convidada diz que fala sozinha e recorda “estava falando sozinha, olhando para o espelho. Criei uma situação, do além, que não ia acontecer. E comecei a debater comigo no espelho. Não perco debates nem para mim mesma. Eu falava com o receptor da mensagem e queria ver como eu era falando, discutindo. Eu discutia, imaginava o receptor da mensagem me devolvendo e respondia de novo em voz alta. Eu sou maluca”.
Duda contou ainda como é o Instituto Survivor, que ajuda mulheres vítimas de violência física/psicológica. “Vai fazer dois anos e pouco, eu sofri violência doméstica. Na pandemia, na verdade. Começou antes. Passei por uma situação delicada, saí dessa situação (quando eu) tinha 19 anos. Vim para São Paulo, expus a situação que eu passei na mídia, denunciei e tive uma equipe multidisciplinar maravilhosa do meu lado: psicólogo, psicoterapeuta, analista, advogada, todas as melhores ferramentas que uma pessoa poderia ter. Isso não é uma coisa comum, não é corriqueiro. As mulheres não têm acesso ao que eu tive. Fui 0,01%. E mesmo tendo acesso a tudo isso que eu tive, segue sendo difícil. Imagina quem não tem?!”.
Ela recordou que estava em uma viagem na Chapada dos Veadeiros quando surgiu o desejo de criar o Instituto. “Me deu um estalo muito surreal e falei ‘é isso’. Quando era pequena meu pai me falava uma frase que não fazia muito sentido para mim e, naquela hora, fez: ‘o lugar aonde você foi mais ferido, é o lugar que Deus mais vai te usar para curar’”. Ela explica como funciona o serviço prestado pelo Instituto e fala ainda sobre a estreia da peça ‘O Último Mafagafo’, que acontece dia 03 de setembro, em São Paulo.
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