Quando Angelina Jolie declarou que tinha adotado um filho na Etiópia, vários famosos e também anônimos correram para conseguir a adoção de bebês em países pobres. Vivienne e Maddox, nome de alguns de seus filhos, viraram alcunhas populares entre os bebês norte-americanos. Isto é, cada passo da atriz tem muita repercussão e influência. E não se espera o contrário depois de seu anúncio de ter feito dupla mastectomia (retirada dos seios) preventiva. Exatamente é este o tema da revista Time desta semana que tem a mulher de Brad Pitt na capa com o título “O Efeito Jolie”.
“A dupla mastectomia de Angelina Jolie coloca o teste genético sob holofote. O que sua escolha revela sobre calcular risco, susto e tranquilidade”, diz revista Time. Além disto, irá influenciar mulheres a fazer exames preventivos e tornar normais atitudes hoje consideradas um pouco radicais para os menos instruídos no assunto como a retirada de órgãos como prevenção de doenças.
A revelação da mastectomia de Jolie, segundo o vice-presidente da Marketing Evaluations Executive Henry Schafer disse ao site da revista, é algo positivo tanto para a imagem da atriz como para seus fãs: “Imagino que depois do anúncio, provavelmente haverá um efeito positivo sobre a percepção, com o aumento da consciência que ela está trazendo para o câncer de mama. E também acho que isso vai ter um efeito positivo sobre a sua imagem como ser humano”.
A decisão da atriz veio com uma tragédia familiar. Jolie, 37 anos, fez a escolha pensando em seus seis filhos, depois de ver sua própria mãe, a atriz Marcheline Bertrand, morrer muito jovem de câncer.
“Minha mãe lutou contra o câncer por quase uma década e morreu aos 56 anos. Ela viveu tempo suficiente para conhecer o primeiro de seus netos e para tê-lo em seus braços. Mas meus outros filhos nunca tiveram a chance de conhecê-la e experimentar como amorosa ela era”.
“Jolie, em consenso quase universal, fez a escolha certa. Ela fez teste positivo para o gene relacionado ao câncer BRCA1, com a possibilidade de que ela desenvolveria a doença em terríveis 87%; depois da cirurgia, os médicos colocaram o número em apenas 5%. Mas muitos especialistas se preocupam com a leitura exagerada dos exames. O teste genético é uma ciência jovem”, diz o site da revista.