Por trás da imagem de símbolo sexual que a tornou famosa em todo o mundo, Marilyn Monroe, escondia uma faceta intelectual e literária, como revelam os textos íntimos da atriz reunidos no livro Fragments (“Fragmentos”, na tradução livre), que será publicado em outubro.
São textos inéditos que “permitem finalmente ao público escutar a verdadeira voz de Marilyn”, uma mulher que “gostava do sabor das palavras e buscava sua verdade nos livros”, segundo o escritor Michel Scheneider, autor do romance sobre a atriz Marilyn: As Últimas Sessões.
Em entrevista publicada neste domingo, dia 8, pelo Le Journal du Dimanche, o escritor e também psicanalista antecipa que os textos que fazem parte do livro demonstrarão que, por trás do mito, havia uma mulher “comovente e inteligente” (continua depois da imagem).
Veja várias imagens da diva do cinema:
“Escrevia todos os dias” suas reflexões mais pessoais em diários, muitos dos quais foram apreendidos pelo FBI (polícia federal americana) após sua morte, segundo o autor francês, que acrescenta que a atriz também enviava poemas e cartas a seus amigos.
São textos “bastante frios”, mas “com uma verdadeira qualidade literária”, que revelam uma Marilyn “com um certo talento de roteirista”.
A atriz também era apaixonada pela literatura e, entre seus autores favoritos, estavam Kafka, Dostoievski e Joyce, segundo ele.
Na opinião de Schneider, o público não conseguia ver além de sua imagem, porque é difícil “admitir que a artista mais bela do mundo era igualmente uma pessoa sensível e reflexiva”.
O livro Fragments, editado pelo francês Bernard Comment e o produtor de cinema americano Stanley Buchthal, reúne textos escritos por Marilyn de 1943 até sua trágica morte, em agosto de 1962, além de 33 fotos pessoais.