Pela primeira vez nas passarelas paulistas, a ONG AfroReggae apresentou uma coleção inspirada na periferia e na comunidade que integra.
A coleção de verão, criada pelo estilista Marcelo Sommer, vem junto com a parceria de José Junior que criou a ONG em 1993 para a inclusão social de jovens da periferia carioca.
Sommer disse que viajou bastante ao Rio para ver como a comunidade se vestia e depois em Nova York, juntaram referências dos toyarts e do grafite.
A passarela já era um show a parte, toda colorida e cheias de imagens de "toys', a cara de Marcelo.
Modelos negros desfilaram quarenta looks entre femininos e masculinos tendo com eles acessórios exclusivos de marcas como Adidas e Melissa.
O streetwear está implícito em todos os looks. Meninos com bermudões compridos e meninas com maiôs estampados, leggins, camisas e bermudas xadrez, bonés, tênis…
A beleza ficou por conta de Marcos Costa que tentou trazer os elementos da comunidade numa brincadeira criativa e colorida. Nos homens, um desenho na cabeça como franja e costeletas estilizadas, e nas meninas, além do volume absurdo dos cachos realçando o cabelo, há pinturas nos rostos das cores amarelo, azul, rosa e verde.
O destaque ficou mesmo por conta da trilha sonora do desfile. A banda AfroReggae fez uma fusão rítmica da raiz negra, com percurssão. Foi de arrepiar qualquer um… até o governador José Serra.
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