Sonia Abrão
Na ar como o vespertino A Tarde é Sua, na Rede TV!, Sônia Abrão costuma falar sobre assuntos polêmicos durante sua atração, debater sobre programas de TV e comentar fatos do cotidiano. Em entrevista para o Virgula Famosos, ela deu a sua opinião sobre diversos assuntos assim como sempre faz na telinha.
A apresentadora e jornalista comentou a morte de seu primo Alexandre Magno Abrão, o Chorão da banda Charlie Brown Jr., falou também sobre as críticas que a novela Salve Jorge vem recebendo, a polêmica de Nicole Bahls com o diretor de teatro Gerald Thomas e também sobre o caso envolvendo a colega de profissão Cristina Rocha.
Saiba o que ela contou:
Virgula Famosos – Como sua família está reagindo após a morte de Chorão?
Sônia Abrão – Todo mundo muito unido e sofrido. A nossa preocupação agora, de verdade, é com a minha tia (mãe do Chorão), que não está nada bem. A gente fica tentando consolá-la, ficar do lado, mas é complicado, a situação de saúde dela já era complicada. Eu caí na besteira de ir para a pista de skate esses dias, lá em Santos, mas pra quê? A gente não mata a saudade, você fica pior ainda.
Como foi para você ver a volta do grupo, com uma nova formação, agora como A Banca?
Acho legal, eles têm que tocar a vida, acho legal eles não perderem a essência do Charlie Brown Jr., o próprio nome diz isso, A Banca, por remeter a uma vez que o Alê (Chorão) atravessou uma banca de jornal com o carro e viu coisas do Snoopy e do Charlie Brown lá, achou que era um sinal e foi aí que começou tudo. Acho que eles estão muito abalados, tentando voltar ao trabalho, eles tinham vários shows marcados, acho que de alguma forma vão cumprir a agenda, mas não mais como Charlie Brown. Eu não consegui olhar para a foto da nova formação, é muito esquisito. Fiquei mal, foi tudo muito rápido a nova formação, mas acho que é o que eles precisavam fazer. Se você for se entregar pelo que aconteceu, não faz mais nada. Espero que dê tudo certo. Mas dói viu, dói pra caramba.
Algumas pessoas te chamaram de oportunista por tentar aparecer na mídia com a morte do seu primo. Como você vê essa situação?
Não vi nada disso não, muito pelo contrário, tive muita solidariedade. Oportunista eu seria se ele estivesse vivo e eu ficasse pendurada nele o tempo todo e isso nunca aconteceu. Eu não sei por que as pessoas são tão maldosas, o que eu ouvi dizer também é: “Nossa, por que você nunca assumiu o seu primo?”. Isso não existe, que necessidade eu tinha de sair falando pro mundo que ele era meu primo? Nenhuma, a gente era primo e ponto final. Achei um absurdo, como pode ter gente falando isso agora? Muita gente sabia disso, assim como muita gente também não sabia, não precisa colocar anúncio no jornal também, né? A gente se encontrava, às vezes, nos programas, ele ía mais na época do SBT, no rádio ele ia muito, sempre que tinha coisas novas, levava pra gente. O fundamental pra gente era a nossa relação, que sempre foi a mesma, nunca mudou por conta do meu trabalho ou do trabalho dele. O que mudou foi essa coisa de poder estar se vendo sempre, que com aquela agenda de shows era impossível. Mas sempre que um precisou do outro, aconteceu alguma coisa na família, a gente estava junto. No ano passado, o meu pai morreu e ele largou tudo, subiu a serra e, em menos de uma hora, estava com a gente, ficou o tempo todo junto e já não estava bem. Pra ele, era como se tivesse perdido o pai dele pela segunda vez.
Mudando de assunto, você costuma comentar sobre as novelas em seu programa, qual acredita que seja o motivo de Avenida Brasil ter feito tanto sucesso e Salve Jorge estar sofrendo tanto com as críticas?
Fenômeno não se explica e é o que aconteceu com Avenida Brasil. Acho que o pessoal foi muito injusto com Salve Jorge, só pela bandeira que a novela levanta e as consequências disso pro assunto e pra tanta gente que já foi localizada em função da trama, acho que já valeu mesmo. Fora que a Glória Perez, como já era de se esperar, deu uma virada total e a novela emplacou. Acho a novela muito boa. A marcação que o Glória recebeu na primeira parte da novela foi implicância mesmo, achei tudo tão estranho. É uma coisa de Brasil que não lida bem com a realidade. É uma denúncia séria, uma vivência de comunidade que, às vezes, é complicado de olhar, que ela soube abordar muito bem. As pessoas não queriam olhar para a nossa realidade, a realidade do tráfico (de humanos), mas acabou olhando, entendendo a importância e depois embalou mesmo com os personagens. E a Morena é um sucesso, coitada da Nanda Costa também, ouviu e leu tudo o que não precisava e hoje está aí fazendo superbem o papel dela.
Continuando a falar sobre TV, o que você achou da atitude de Gerald Thomas com Nicole Bahls na gravação do programa Pânico na Band?
Eu achei péssimo, não consegui achar tudo tão naturalzinho assim não. Se eu fosse ela, isso não ia ficar tão bonitinho. No fim, todo mundo ali fez média com ele e acho que não era um caso pra isso. Eu teria feito um boletim de ocorrência na delegacia da mulher, tranquilamente. Não interessa se a menina se expõe como objeto sexual ou não, como ele disse, depois foi fazer um discurso sobre a posição da mulher no mercado. Não interessa, aquilo foi invasão de privacidade, ele não tinha o direito de encostar no corpo da menina, muito menos fazer o que ele fez, achei horrível.
Recentemente, rolaram boatos de que você teria dito que a Christina Rocha iria sair do SBT. Como você reagiu diante disso?
Isso foi um absurdo, nunca aconteceu. Aliás, eu só mantenho o Twitter por causa disso. Aconteceu, eu já estou lá falando a verdade das coisas. Eu e a Chris sempre fomos amigas, já trabalhamos juntas por tanto tempo. Isso nunca aconteceu! Ainda bem que deu pra esclarecer tudo direitinho, justamente porque quando eu vi já fui direto pro Twitter. Recentemente, teve uma coluna que disse que a gente mostrou o vídeo da morte do universitário, daquele assalto lá no Belém (bairro de São Paulo), na íntegra na TV, que teve uma revolta aqui na Rede TV! por conta disso, mas isso nunca aconteceu. Como estenderam o assunto para toda emissora, estamos processando mesmo.
Você costuma processar essas pessoas que inventam mentiras a seu respeito?
Processo não, mas interpelação judicial sim. Daí as coisas param, quando chega a esse ponto as pessoas se tocam de que realmente vão ter que arcar com as consequências e param, dão retratação. No caso da Christina Rocha, a gente foi pra cima do site, fez eles desmentirem tudo. O jurídico vai pra cima mesmo, porque é muita irresponsabilidade, eles inventam mesmo. Outro dia, acho que foi no mês passado, uma coluna de um grande jornal aqui de São Paulo deu a notícia de que a gente estava indo para o SBT, que tinham visto meu irmão almoçando por lá. Isso nunca aconteceu! Daí minha assessora ligou para a colunista, disse que não é verdade, que eu tenho mais três anos de contrato com a Rede TV! para cumprir, está tudo bem. E ela respondeu: “Não, eu sei que é verdade, até o irmão dela foi visto lá, não vou dar uma linha de retratação”. Como era a obrigação dela dar a nossa versão, eu fui pra TV e falei o nome, a coluna, o jornal e que tudo era absolutamente mentira.
Como foi para você fazer sucesso na internet com uma foto em que está vestindo um colã preto? As pessoas ainda comentam sobre isso com você?
Ninguém esquece essa foto, toda entrevista o pessoal pergunta disso, foi uma coisa inesperada mesmo (risos). Mas acho que deixou um saldo positivo. Teve muita brincadeira legal, assim como muita trollagem, como acontece com tudo. Teve aquela onda dos artistas fazerem a mesma pose no espelho e até hoje fazem isso. Acho que, de repente, me viram como uma mulher, não só como jornalista profissional, lidando com esses assuntos policias que parece ser mais de homem, porque não tem mulher fazendo isso na TV. Só eu que faço e sei o preço que pago por isso.
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