Selena Gomez é capa da Vogue norte-americana este mês e abriu o coração para a publicação sobre a reabilitação, depressão, relação com os fãs e o sucesso do Instagram, que é muito angustiante para a cantora. Além da entrevista, ela foi fotografada pela dupla Mert Alas e Marcus Piggot em um ensaio maravilhoso.
“Eu sempre fui muito vulnerável com os meus fãs. Às vezes digo coisas que eu não deveria, mas sinto que preciso ser honesta com eles”, disse a cantora, que interrompeu sua turnê Revival e se internou em uma clínica de reabilitação no Tenessee, nos Estados Unidos. “Chorei no palco mais vezes do que posso contar. E eu não fico bonita quando choro. Turnês são muito solitárias para mim. Minha auto-estima estava péssima. Estava deprimida, ansiosa. Comecei a ter ataques de pânico antes de subir ao palco ou depois de sair dele”, contou.
“Sentia que eu não era boa o bastante, que eu não era capaz. Sentia que não estava entregando nada para os meus fãs, e que eles sentiam isso”, afirmou. A cantora, que cresceu aos olhos do público, disse que também sofreu um pouco ao notar que seu público era diferente. “Estava tão acostumada a me apresentar para crianças. Eu fazia a plateia levantar os dedos e prometer que não permitiriam que ninguém os fizesse sentir que eles não eram bons o suficiente”, disse.
“E, de repente, comecei a ter jovens bebendo e fumando nos meus shows. Eram pessoas na casa dos 20, 30 anos de idade. Olhava nos olhos deles e não sabia o que dizer. Não podia dizer ‘todo mundo, vamos fazer uma promessa que vocês são lindos’. Não funciona assim e eu sabia disso porque estou lidando com a mesma merda que eles. O que eu realmente queria falar era que a vida é tão estressante, que eu tinha o desejo de simplesmente escapa. “Não entendia minhas próprias coisas, então, não tinha sabedoria alguma para dividir. Achava que todo mundo estava pensando que aquilo era uma perda de tempo”, relatou.
A cantora também falou sobre o tratamento e o tempo de rehab no Tenessee. “Você não faz ideia do quão incrível me senti só por estar ao lado de seis garotas, pessoas reais, que não estavam nem aí para quem eu era, que estavam ali para lutar por suas próprias vidas”, afirmou. “Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na vida, mas foi a melhor coisa que já fiz. A Terapia Comportamental Dialética mudou a minha vida. Desejo que mais pessoas falem sobre terapia. Nós, meninas, fomos ensinadas a sermos resilientes demais, a sermos fortes e sexy e legais. Precisamos nos permitir sentir que estamos desmoronando”, finalizou.
A Terapia Comportamental Dialética ajuda pessoas que sofrem de transtornos de humor, bem como aqueles que precisam mudar padrões de comportamento, como comportamentos suicidas, depressão, auto-mutilação e abuso de substâncias, por exemplo.
Selena Gomez para a 'Vogue'
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