Recentemente a cantora Sandy fez um longo relato em suas redes sociais falando da experiência de viajar sozinha pela primeira vez. Ela, que tem diversos carimbos no passaporte, contou que foi uma das melhores ideias e experiências que teve, com a possibilidade de entrar em contato consigo de uma forma totalmente diferente e se enxergar de outra forma.
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Segundo o psicólogo Alexander Bez, viajar sozinho tem diversos benefícios e o mais importante é realmente a conexão interna, a auto-reflexão e auto-conhecimento e do fortalecimento da autoestima, porém é preciso estar preparado para dialogar com essas esferas para não gerar frustrações.
O especialista também alerta que para ter tal experiência é necessário avaliar alguns pontos: “A experiência de uma pessoa pode não necessariamente se aplicar a outra. É preciso se preparar para vivenciar esse momento, entendendo que o sentimento de liberdade pode se transformar em fragilidade”, explica.
Antes de tomar a decisão de fazer uma viagem solo, Alexander adverte sobre a necessidade da avaliação da saúde mental da pessoa: “Pessoas com transtornos psicológicos, problemáticas mentais, manifestações de ansiedade, pânico ou depressão correm risco ao viajar sozinhas, pois num momento de crise, podem não conseguir o suporte e cuidado adequado”.
O destino também deve ser escolhido com cautela: “Voltar a locais que despertam lembranças dolorosas, como lugares em que esteve com um parceiro antigo, pode trazer à tona emoções carregadas de tristeza. O cenário dessa aventura deve ser novo, para que não haja ‘conflitos por sentimentos mal resolvidos’ e onde se possa criar memórias individuais”, aponta.
O psicólogo também reforça sobre fazer um bom planejamento para evitar situações adversas: “Sair da rotina é sempre interessante, desde que sejam feitos os estudos de reconhecimento do local, costumes, idioma, custos, etc. Isso pode não garantir que algo saia fora do cronograma, mas fará com que a pessoa esteja mais preparada para lidar com imprevistos”.
Por fim, Bez orienta que, por mais positivas sejam as vivências de uma viagem sozinho, ela não substitui os cuidados médicos: “Muitas vezes as pessoas precisam mesmo se acolher e experimentar novas situações, conhecer coisas e pessoas diferentes. E mesmo que ela volte se sentindo equilibrada e renovada, isso não conta como tratamento terapêutico, muito menos psiquiátrico, que não devem ser negligenciados”, finaliza.
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