Carreira de Reynaldo Gianecchini
Créditos: TV Globo / Blenda Gomes
Quando Reynaldo Gianecchini surgiu na TV, no ano de 2000, como protagonista da novela Laços de Família de Manoel Carlos, falou-se muito de dois aspectos: sua extrema beleza e a atuação sofrível. Nesta segunda-feira (12), o ator completa 40 anos, ainda belo e mais seguro em sua carreira de ator, mas ainda não encontrou seu grande papel.
Ex-modelo, ao surgir nas telinhas como o jovem Edu que se apaixona por uma mulher mais velha (Vera Fischer) e é disputado pela filha Camila (Carolina Dieckmann), soube muito bem aproveitar a fotogenia diante das câmeras e conseguir encantar o público, deixando como um canto de sereia que problemas de interpretação fossem julgados de forma menos severa.
Mas engana-se quem achava que Gianecchini era apenas um rostinho bonito. Antes de entrar na Globo, ele participou como figurante e em papéis pequenos de peças do consagrado diretor José Celso Martinez Côrrea – uma experiência sempre avassaladora para quem quer entender a arte de atuar. Estava já ali, antes de sua ascensão televisiva sua vontade de teatro, de ser um ator no sentido tradicional do termo, aquele que acredita que é no palco que encontrará seu lugar.
O tempo foi passando, continuou atuando no cinema e TV ainda como galã. Ao mesmo tempo se enveredando no teatro em peças mais comerciais como Vossa Excelência, o Candidato e experimentais como O Príncipe de Copacabana, dirigida por Gerald Thomas. Enfim, ganhando estofo dramatúrgico.
Acabou fazendo alguns desafios ainda no papel de galã como os gêmeos Apolo e Paco da novela Da Cor do Pecado (2004) até surgir um personagem que ele pode desenvolver com mais brilhantismo e segurança. Pascoal da Silva, o mecânico trapalhão, de Belíssima (2005) é o seu grande papel da TV até agora. Como uma Marylin Monroe de calças, o ator descobriu a fundo sua veia cômica e conseguiu sua melhor atuação, fazendo de uma forma ao mesmo tempo caricata e convincente um bronco.
Fez um registro elogiado como o vilão Frederico Lobato, parceiro de Clara (Mariana Ximenes) em Passione (2009), mas fez um registro muito parecido – dentro do esquemática dupla de vilãs sexys das novelas – que teve origem com Maria de Fátima (Glória Pires) e César (Carlos Alberto Riccelli) em Vale Tudo (1988) e Laura (Claudia Abreu) e Marcos (Márcio Garcia), de Celebridade (2004).
Interessante é sua volta ao registro cômico agora como Nando, em Guerra dos Sexos (2012), mas o que sente-se é que pela formação e experiência do ator tanto profissional como de vida – perdeu o pai e superou um câncer recentemente – que ainda ele não interpretou o seu grande personagem.
Veja acima galeria com imagens da carreira e vida de Reynaldo Gianecchini.