Psicólogo explica ao Virgula fala de Carol Dieckmann sobre perda da mãe e divórcio (Foto: Instagram/loracarola)

Na última semana, a atriz Carolina Dieckmann declarou no podcast “Desculpa Alguma Coisa” que a separação de Marcos Frota foi mais dolorosa que a perda da própria mãe.

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Carol explicou que muitos a interpretaram mal, dizendo que ela não ligou para a morte da mãe, quando na verdade, ela comparou as perdas, uma na qual ela não podia fazer nada, e outra na qual ela se sentia culpada.

“Ela morreu, eu não tive culpa e não tinha como eu fazer nada”, salientou a atriz nas redes sociais. O Virgula conversou com o psicólogo Alexander Bez, que deu detalhes sobre como a pessoa se sente nestes casos.

“Perdas são sempre difíceis de enfrentar. É complicado fazer analogia entre sentimentos e situações, pois elas envolvem muitas questões como criação, questões de afeição, afeto, carinho e da própria vivência da relação”, começou o especialista.

“Dentro da psicologia acreditamos que as pessoas escolhem uma segunda família que é formada pelo parceiro e filhos, independente de ser o primeiro, segundo ou terceiro casamento”.

“Sobre o depoimento da Carolina Dieckmann, de ter sentido mais a separação com Marcos Frota do que a perda da mãe, psicologicamente ela demonstra a dor do término com a frustração da diluição de parte dessa família (parte, pois o filho é membro insolúvel), que consequentemente traz a necessidade de refazer planos, mudar rotina e outras coisas que foram construídas durante o matrimônio, gerando uma tristeza profunda, pois é um luto em vida”, continuou.

“O diferencial primordial entre o luto em vida e o luto da morte é que nesse segundo caso, o cérebro processa e “aceita” que não há o que fazer, independente dos sentimentos remanescentes. Já no caso de separação, é muito comum um dos lados se sentir mais responsável pelo término e ficar remoendo lembranças e sentimentos que vão potencializando o sofrimento. Além disso, pode existir de forma consciente ou inconsciente de retomar o relacionamento, o que não é possível com alguém que já faleceu”.

“É importante deixar claro que ela não quis minimizar o sofrimento da perda da mãe, pois cada dor é única, independente da motivação, porém com o rompimento conjugal ela teve que lidar com uma avalanche de emoções ao mesmo tempo, o que pode não ter acontecido em relação a mãe”, completou o doutor.


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Psicólogo explica ao Virgula fala de Carol Dieckmann sobre perda da mãe e divórcio

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