Os Estados Unidos viveram – e ainda vivem – um período intenso de manifestações, reivindicações e protestos nos últimos tempos. Manifestações contra as decisões equivocadas do presente eleito Donald Trump (como as leis anti-imigração), Marcha das Mulheres e o movimento Black Lives Matter são apenas alguns exemplos do que está fervilhando por lá.
Aproveitar a onda de indignação e surfar num contexto político tão sensível pode não ser uma boa ideia, obviamente.
Pelo visto a Pepsi não sacou isso. A nova campanha da marca traz uma combinação meio esquizofrênica com manifestantes, jovens líderes de diversas etnias e a modelo badalada Kendall Jener à frente da bagunça toda, como a porta-voz de um protesto que pede paz.
Ela está numa sessão de fotos, com peruca loura, quando percebe o rebuliço. Puxa os cabelos falsos, entrega nas mãos de uma mulher negra, talvez assistente do ensaio, e resolve acompanhar a marcha, até dar de cara com a polícia.
The worst part of the Pepsi commercial is when Kendall decides to protest racism by making a black woman hold her wig. pic.twitter.com/NEfSwXqJvm
— Stable Genius Sean Kent (@seankent) April 5, 2017
Para evitar o conflito, a modelo apresenta aos oficiais uma latinha de Pepsi. É claro que o comercial não foi bem recebido por aqueles que estão envolvidos com as mais diversas lutas e reivindicações nos EUA. Acusaram a marca de tratar alguns temas de modo superficial, com uma porta-voz que “sequer é engajada politicamente”.
Berenice King, filha de Martin Luther King, também ironizou a iniciativa nas redes sociais. “Se ao menos meu pai soubesse sobre o poder da Pepsi”, afirmou. Assista à campanha na íntegra abaixo: