Impedir as modelos magras demais de desfilar seria discriminatório e a questão nunca foi apresentada nas passarelas nova-iorquinas, declarou nesta sexta-feira a presidente da associação de estilistas americanos, após uma polêmica decisão adotada pelo governo regional de Madri.

A autoridade espanhola decidiu proibir as modelos magras demais em um grande evento de moda em Madri, a Passarela Cibeles, celebrado de 18 a 22 de setembro, para evitar o mau exemplo dado às jovens espanholas que ficam obcecadas com os quilos a mais, podendo desenvolver distúrbios alimentares sérios, como a anorexia.

"Seria o mesmo que proibir alguém por ser gordo demais. É uma proibição discriminatória e sou contra isso", disse à AFP Stan Herman, presidente do Conselho de Estilistas de Moda dos Estados Unidos (CFDA), durante a criação da Semana da Moda nova-iorquina.

Segundo ele, o tema nem mesmo foi discutido: "Não, não, nunca", garantiu.
"Houve um debate há alguns anos, quando muitas modelos foram encontradas com cocaína. A imprensa falou muito sobre o tema e levamos o caso a sério (…). Fizemos com que a segurança rejeitasse qualquer pessoa claramente drogada e houve, a princípio. Mas foi a única vez que adotamos uma decisão deste tipo", disse.
Além disso, acrescentou, "essas pessoas podem te processar. Nos Estados Unidos, podemos ser processados por discriminação".

Várias modelos que participaram da última Passarela Cibeles desataram uma polêmica na Espanha quando disseram à televisão que usavam vestidos tamanho 34 ou 36 e sabiam que suas carreiras estavam ameaçadas se aumentassem de peso.


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Nova York considera discriminatório barrar modelos magras demais

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