Nelson Freitas
Créditos: Divulgação/Mensch
Nelson Freitas está na capa da revista Mensch desta semana. O humorista do Zorra Total, da TV Globo, falou sobre trabalho, o começo de carreira, seu ídolo e também sobre momentos de tensão na hora H.
Ele revelou como foi o início de sua carreira: “Aquela ralação de sempre… Faz um teste aqui, encontra uma turma ali, monta um texto sem saber exatamente onde apresentar, peça infantil, dinheiro nenhum, divide um Miojo, late no quintal pra economizar o cachorro… Eu ainda tinha uma gordura pra queimar dos tempos de marinharia, mas a necessidade faz a ocasião, e num desses testes fui chamado pra fazer uma minissérie na Manchete chamada Rosa dos Rumos do também estreante Walcyr Carrasco, dirigida pelo Del Rangel, e fui ‘fondo’ até que depois de protagonizar uma novela ao lado da minha querida Flávia Monteiro, em Chiquititas, que era gravada na Argentina, e os diretores não falavam português, eu subverti o personagem que era ranzinza amargo, bem argentino… E transformei ele num palhaço divertido, bem brasileiro… Quando voltei o [Maurício] Sherman me capturou pro Zorra, e foi um encontro magistral na minha vida”.
Como boa parte dos humoristas brasileiros, Nelson tem Chico Anysio como sua maior referência: “Esse é um monstro. É uma pena que ele esteja passando por momentos tão difíceis, com a saúde debilitada ainda no hospital, e não tem um dia que eu não pense nele, e rezo muito pra que ele consiga se recuperar. O Chico é um patrimônio da cultura brasileira e um dos caras que criaram o radio e a TV no país. Costumo dizer que qualquer papo com ele é uma aula de vida”.
Nem quando a pergunta é se já falhou na hora H, ele perde o humor: “Pô mano, se alguém disser que nunca, tá mentindo… São mistérios da bioquímica, essa infâmia masculina, porque pro homem não tem enganação… Ou tá ou não tá… A mulher pode perder o trem no meio do caminho que passa batido. Pra gente é um mico… Mas a maturidade vai te trazendo alguma cancha e a gente aprende a negociar consigo mesmo… Olha pro dito cujo e diz: “Quer morrer fdp?” Desencana, muda o foco e volta pro combate… se persistirem os sintomas, apela… Vai na farmácia e mete um azulão pra tirar a má impressão na próxima… (risos)”.