Lobão volta a atacar. Depois de polemizar sobre os Racionais MC e receber uma resposta dura do rapper Mano Brown, o cantor cedeu uma entrevista ao jornal O Globo deste sábado (04) dizendo que parou com as drogas ilícitas.
“Estou adotando estupefaciantes que estejam dentro da lei. Bebo álcool, bebo uma cachacinha, mas não fumo mais maconha. Eu fumei e cheirei até eles caírem, até desistirem de mim (a polícia). E outra coisa legal é que eu não sou viciado, nunca fui: tenho uma genética ótima e sempre usei tudo de uma maneira basicamente criativa”, diz Lobão confiante.
Ele revela que deixou de cheirar cocaína para poder os clássicos da literatura. “Não tenho o menor trauma com o que eu fiz ou com a minha vida. Não sei se alguém cheira e depois vai ler, mas eu não conseguia. Nem ler, nem tocar. Então, no início dos anos 90, eu tinha muitos clássicos para ler e pensei: ‘Vou parar porque preciso ler e, se continuar, não terei concentração para isso’”.
E volta a atacar o Brasil de hoje. “A gente, brasileiro, nunca foi tão malandro, tão guarani-kaiowá, tão riponga, tão chulé como agora. Você vê as ruas quebradas, as pessoas se divertindo com passatempos de quinta categoria, músicas que só podem causar atrofia no cerebelo e, na política, militantes que são a coisa mais cafona, mais rastaquera que há. É uma farofada: aquela coisa linguiça com cachaça, sandália de couro, barbicha… de última. Amamos a pobreza. O bom regime não é nivelar por baixo, na laje da Barbie. É justamente chamar todo mundo para a prosperidade. É ganhar o Nobel de Ciência, Literatura, Economia… Ou, então, vai ficar exportando bunda, axé, pagode, coisas de terceira categoria”.