Solange Couto marcou presença no The Noite desta quarta-feira (31). A atriz, famosa especialmente por ter interpretado ‘Dona Jura’ na novela ‘O Clone’, falou sobre o reconhecimento que o bordão ‘não é brinquedo, não’ lhe trouxe e diz que até hoje o pronunciam para ela nas ruas: “todo dia. Pelo menos umas cinco ou seis vezes”.
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Recordando a primeira vez que o sugeriu, afirma: “achei que tinha perdido o papel na hora que eu falei para a Glória (Perez). Era a primeira vez que eu estava trabalhando com ela. Autor nenhum gosta muito que você dê ‘pitaco’ no filhote dele”.
Ela explica que o bordão surgiu enquanto ela dirigia e conversava com Deus, pedindo algo para que ganhasse mais notoriedade, quando escutou de sua boca naquele momento a frase que a projetaria ainda mais. “Não li, não ouvi, nisso parei em um sinal e comecei a pensar de onde tirei”. E fala da insegurança que teve ao falar o bordão pela primeira vez para Glória Pereza: “pensei ‘perdi o papel’. Quis entrar no rejunte do piso e fiquei com cara de penico. Ela virou de costas para mim e saiu andando. Queria morrer. Entendi que eu não estava mais”.
Segundo Solange, depois disso, tomou conhecimento de que o bordão seria a primeira fala de sua personagem ao receber o bloco de capítulos, percebendo o aval para a sugestão.
Questionada sobre situações inusitadas em que escutou a frase, conta: “lugares insólitos. Fui fazer um material para a revista Caras dentro da Floresta Amazônica…. Um dos atrativos era ir a uma aldeia e eu fui. Quando parou em um lugar, 15 minutos de barco, vem um Cacique nos receber. Olhei e vi uma antena de televisão. Achei estranho, na floresta, na aldeia, mas tudo bem…. Quando dei de cara com o Cacique ele falou ‘não é brinquedo, não’. Falei ‘tá de sacanagem comigo’”.
Segundo a atriz, Dona Jura lhe rendeu ainda convites para parcerias comerciais. “Uma pessoa me procurou querendo fazer uma rede de quiosques de pastel, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Ator não presta para isso, não. A gente sabe ganhar e gastar dinheiro. Administrar a gente não sabe, não”, diz em tom de brincadeira.
Falando do começo da carreira, relembra quando esteve no concurso da ‘Mais Bela Estudante do Brasil’, no programa do Chacrinha.
“Eu era magra, parecia uma escova de dentes, só tinha cabelo. Me chamavam de tábua de passar, nada na frente e nada atrás. Leleco (Barbosa) virou, quando me viu e falou ‘que que você quer?’. Falei ‘quero me inscrever’. (Ele disse) ‘Mas você é muito feia’. Na lata. Falei que queria assim mesmo. Fiquei dois finais de semana, rendeu, para quem era feia?!”.
Ela diz que tempos depois chegou a ser elogiada pelo filho de Chacrinha e lembrou-o do episódio. Atualmente com o filme “Barba, Cabelo e Bigode” na Netflix, Solange comenta sua participação no show de mulatas do Sargentelli, no passado, explicando: “estreei na passarela e depois comecei a trabalhar com o Sargentelli. Queria entrar na televisão e, na época, não tinha curso. Eu era do subúrbio… O Sargento foi um segmento do meu pai”.
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