"Estou apenas começando". Mesmo com mais de 15 anos de carreira, a paulista Bianca Rinaldi acredita que ainda tem muito para fazer e aprender na profissão. 

Entre seus trabalhos mais importantes certamente está o remake de A Escrava Isaura, que inaugurou a nova safra da teledramaturgia da Record. Para essa personagem histórica da televisão brasileira, Bianca disse em entrevista ao Virgula que não assistiu aos capítulos da versão original, na qual Lucélia Santos vive a Escrava.

O sucesso da novela ultrapassou fronteiras e Bianca visitou outros países da América do Sul para divulgar a novela, e ficou surpresa com o carinho do público. "Eles são apaixonados pelas novelas brasileiras. Nos tratam muito bem, nos colocam no colo", comenta.

Sua última personagem na televisão foi a médica Joana em Prova de Amor, novela que alavancou a audiência da emissora no horário das sete. E se na novela sua personagem sentiu de perto a violência urbana, na vida real, Bianca agradece nunca ter vivenciado nada parecido. "A violência é terrível. As pessoas vivem assustadas. Principalmente com as crianças, eu costumo dar uns toques nas mães", diz. E pensando especialmente nas crianças, Bianca vai participar da campanha para as Mães da Sé, um ONG que ajuda famílias a encontrarem os filhos desaparecidos.

Questionada se tem vontade de trabalhar em outras emissoras, Bianca, que protagonizou A Pícara Sonhadora  no SBT e fez uma vilã em Chiquititas, diz estar bem na Record. "Estou muito feliz na Record, uma emissora que me respeita e me valoriza", diz. Com contrato até 2010, ela adianta que já foi escalada para protagonizar a próxima novela de Tiago Santiago na emissora (o mesmo autor de Prova de Amor e do remake de Escrava Isaura) ainda sem título.

Público infantil

O trabalho com o público infantil, principalmente no teatro, é outro ponto forte na carreira de Bianca. "Me dá prazer trabalhar para eles. A criança te surpreende. Não adianta tratá-las como crianças porque elas são muito espertas", diz a atriz, que não se esquece da responsabilidade que o artista deve ter ao trabalhar com este público. "Exige mais responsabilidade porque estamos formando a opinião deles. Eles dependem dos pais para irem ao teatro e se não fizermos uma coisa boa, eles não voltam".

Ídolo

No site pessoal de Bianca, na sua dica de teatro está um nome importante da dramaturgia brasileira: Raul Cortez. Com a morte do ator, a atriz confessa que pela primeira vez sentiu a perda de um artista. "O Raul era muito verdadeiro, um gentleman. Até então eu não havia tido esse sentimento por alguém que eu admiro", revela a atriz.

Enquanto se prepara para dar vida a mais uma protagonista, a quinta consecutiva, Bianca pode ser vista apresentando o Ressoar, na Record, um programa de responsabilidade social que a atriz considera extremamente importante. "Temos que ter consciência de cidadãos e deixar de ser tão workaholics", finaliza ela.


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'Na Record me sinto valorizada', diz Bianca Rinaldi