Mulher Abacaxi é vítima de transfobia em banheiro de shopping em Londres (Foto: Reprodução)
Marcela Porto, mais conhecida como Mulher Abacaxi, foi vítima de transfobia no shopping Harrods, em Londres, nesta segunda-feira (24). A rainha da Acadêmicos de Niterói foi usar o banheiro feminino do centro comercial junto com sua amiga Iza Maria, que também é uma mulher trans, quando uma turista tentou impedi-la. A caminhoneira contou o ocorrido em sua conta do Instagram.
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” Oi gente. Acabei de passar por um constrangimento eu e minha amiga Iza Maria no shopping aqui em Londres. A gente foi ao banheiro aqui do shopping, eu e a Iza, e veio uma doida com a burca me chamando. Eu não tava entendo nada, porque ela não estava falando inglês”, inicia Marcela.
A caminhoneira conta que depois que a turista começou a falar inglês, ela entendeu que a mulher queria que as duas usassem o banheiro masculino. “Ela falou: ‘o banheiro masculino é para lá, não é para cá não’. Não entendi nada. Falei: ‘oi’. .As pessoas têm mania de falar que na Europa não tem preconceito. Existe preconceito sim na Europa. Eu peguei e mostrei meu documento para ela. Ela ‘ah tá’. Ela é mulher ou homem. Eu disse: Não interessa o que ela é”, continua.
Marcela, então, acabou reagindo às atitudes da mulher. “Eu acabei perdendo minha razão e xinguei ela. Fuck you. Eu chamei ela de piranha. Perdi minha razão, mas deu igual porque fiquei muito chateada. Então, essa bobeira que na Europa não tem preconceito. Existe preconceito sim. Essa é a segunda vez que eu passo esse problema. Nunca tive problema de preconceito na minha vida. Só tive na academia, no Brasil, e agora aqui. Então, gente esquece o negócio que na Europa não tem preconceito”.
Na legenda do vídeo, Marcela pede fim ao preconceito. “TRANSFOBIA É CRIME!. Acabei de passar por um constrangimento juntamente com minha amiga no shopping de Londres.É muito triste ter que passar por esse tipo de situação. Sou uma mulher forte e não me abalo por qualquer coisa, mas ainda assim fico triste em saber que em todo lugar mulheres trans estão sujeitas a passar por esse constrangimento. É uma luta diária, mas continuaremos lutando pelo nosso espaço e principalmente, pelo respeito”.
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