O cantor Zé Neto, que faz dupla com Cristiano, teve de cancelar seus shows por conta de uma pneumonia bacteriana, deixando sua agenda livre pelo menos até agosto. Na suas redes sociais o sertanejo lamentou o ocorrido e disse que “Deus sabe de todas as coisas, nunca irei reclamar. Somente agradecer ,e respeitar o processo. Vamos encarar mais uma”.
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No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. De acordo com o Ministério da Saúde, houve 44.523 mortes por pneumonia de janeiro a agosto de 2022. No mesmo período do ano passado foram 31.027 óbitos.
De acordo com o cardiologista e médico intensivista do Hospital Santa Clara, Dr. Walid Elias Fermin, a pneumonia é um termo que se refere a inflamação do pulmão secundário a uma infecção. “Ela se classifica segundo o micro-organismo que a ocasiona. Pneumonia bacteriana se é causada por bactérias, pneumonia viral se é ocasionada por um vírus, pneumonia fúngica se é ocasionada por um fungo etc.”.
Os sintomas de pneumonia são variados, podendo ser desde assintomática até uma infecção grave com sintomas sistêmicos. Os mais comuns são febre, tosse, falta de ar e dor no peito. “Mas em infecções mais graves podem ocorrer taquicardia, hipotensão e sintomas sistêmicos relacionados à disfunção de outros órgãos, como alteração da consciência e diminuição do volume urinário”, explica.
Se não tratada, a doença evolui para sepse ou para choque séptico, configurando uma evolução desfavorável. “Quando afeta o sistema circulatório, pode ocasionar queda sustentada da pressão arterial e necessidade de uso de drogas vasoativas para elevar a pressão, que é o que chamamos de choque”, pontua Fermin.
Como a idade e os hábitos influenciam?
O Dr. Walid lembra que na maioria dos casos é certo que uma infecção responde melhor ao tratamento quando se trata de pessoas jovens e saudáveis, porém, qualquer infecção pode evoluir com sepse e choque séptico com alta taxa de mortalidade. “Existem bactérias mais tóxicas que outras, mais resistentes a antibióticos, mas também têm variáveis como o tempo de evolução e a extensão da pneumonia. Não é o mesmo detectar uma pneumonia e tratá-la nos primeiros dias que iniciar o tratamento de forma tardia, o prognóstico muda totalmente”. Ou seja, quanto maior a demora do diagnóstico e tratamento, pior será o prognóstico. “Também existem pneumonias extensas, que comprometem uma porção grande de um ou os dois pulmões e podem comprometer a respiração, sendo um quadro grave e com alta mortalidade independentemente da idade do paciente”, explica.
Não existe um tratamento preventivo para todas as pneumonias, mas existem vacinas para alguns micro-organismos. “Temos vacina para o vírus da influenza, temos vacina pneumocócica, no caso da Covid-19 o uso de máscara e lavagem de mãos também mostraram ser efetivos para prevenir infecções em geral, mas, infelizmente, existem milhares de germens entre vírus, bactérias e fungos que podem ocasionar pneumonia e não existe um método preventivo específico”, pontua. E alerta: “Ao apresentar sintomas como febre alta, tosse produtiva, dor torácica, falta de ar e fraqueza de mais de 24 horas de evolução, procure uma avaliação médica”.
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