Mariana Rios lamenta críticas por nome do filho: “Por que isso traz raiva?” (Foto: Instagram/Mariana Rios)

Após anunciar a escolha do nome do primeiro filho, a atriz e apresentadora Mariana Rios foi alvo de críticas nas redes sociais. Grávida de um menino que se chamará Palo, ela desabafou em entrevista sobre os ataques que recebeu, levantando um debate que vai além da maternidade e toca em questões profundas sobre empatia e saúde emocional.

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“Quando vi aquele tanto de comentários com um sentimento perverso, de baixo nível, me deixou muito triste de ver como as pessoas estão perdidas e sem um rumo de felicidade na vida”, afirmou Mariana. A apresentadora também questionou: “Por que isso traz raiva? Por que você se sente no direito de falar que o filho do outro vai sofrer bullying na escola, sendo que você, adulto, já está fazendo isso na internet?”.

Para a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil, Telma Abrahão, o episódio é um retrato de como a sociedade ainda carece de maturidade emocional. “A neurociência explica que o cérebro humano tem um viés de negatividade, somos mais propensos a reagir de forma intensa a algo que não corresponde às nossas expectativas. Quando alguém escolhe ‘diferente’ do que acreditamos ser certo, o cérebro interpreta como uma ameaça ao senso de ordem. Muitas vezes, ao criticar, não estamos reagindo ao outro, mas projetando nossas próprias inseguranças e frustrações”, explica a especialista, autora best-seller dedicada a promover educação emocional e prevenção de traumas.

Ela ressalta que esses impulsos têm raízes profundas: “Esse impulso de ‘corrigir’ o outro nasce, muitas vezes, de experiências da infância, quando aprendemos que só seríamos aceitos se estivéssemos dentro de certos padrões. Ao reproduzir críticas hostis na vida adulta, sem perceber, continuamos repetindo esse modelo rígido, que gera frustração e intolerância diante do diferente”.

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Segundo Telma, a hostilidade diante de escolhas pessoais, como o nome de um bebê, revela a falta de autorregulação e empatia, habilidades que deveriam ser cultivadas desde cedo. “Quando atacamos escolhas pessoais que não nos afetam, revelamos mais sobre nossas próprias feridas do que sobre o outro. Agora, pense comigo: se adultos despejam sua raiva até na escolha do nome de um bebê, como será que essas mesmas pessoas lidam com as diferenças dentro da própria casa, com seus filhos, parceiros ou colegas de trabalho?”, questiona.

Para ela, o caso evidencia um ponto crucial: a infância molda a forma como lidamos com as diferenças. “Uma sociedade que deseja menos violência e mais saúde mental precisa começar cultivando empatia e respeito desde cedo. Afinal, o que acontece na infância não fica na infância, o modo como aprendemos a lidar com as diferenças define quem nos tornamos como adultos”, conclui.


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Mariana Rios lamenta críticas por nome do filho: “Por que isso traz raiva?”

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