Maria Casadevall está fazendo sucesso na novela Amor à Vida,
da TV Globo, no papel de Patrícia. Logo no começo da trama de Walcyr Carrasco,
a personagem da atriz passou pelo desgosto de ser traída por Guto, interpretado
por Márcio Garcia, em sua própria lua de mel. Algo tão cruel que qualquer
mulher ou pessoa de bom coração se solidarizariam com a moça.
Após a “tragédia”, a funcionária do Hospital San Magno passou
a querer aproveitar sua vida, sem se apegar a nenhum homem. Com isso, ela
conhece o médico Michel, vivido por Caio Castro, com quem vive uma relação de
gato e rato.
Em entrevista exclusiva ao Virgula Famosos, a atriz revelou
como está sendo contracenar com dois galãs da TV brasileira: “É unanime a
abordagem nas ruas, as pessoas vêm me dizer que a Patrícia é muito sortuda, que
elas também queriam ser traídas na lua de mel para depois se envolverem com um
doutor como o Michel. Para mim, trabalhar com os dois é uma honra. Com o
Márcio, na verdade, a gente trabalhou bem pouco, foram duas semanas ao todo. Mas
ele é diretor de cinema, conhece muito bem a linguagem da TV, aprendi muito
observando o trabalho dele. Com o Caio não poderia estar sendo melhor. Ele é
muito generoso dentro e fora de cena, a gente conversa bastante, tem uma
liberdade profissional muito grande”.
As primeiras cenas com médico já foram apimentadas, já que
Patrícia não queria curtir sua fossa após o fim do casamento e logo partiu para
o ataque, levando o rapaz para seu apartamento. Mas nada que tenha deixado
Maria tensa no momento da gravação: “As cenas mais calientes são divertidas,
não teria como não ser. Elas são possíveis porque a gente confia muito na equipe
e sabe que a cena vai ao ar sempre com muito bom gosto. Os cortes e edições são
feitos de uma maneira muito cuidadosa. Por isso, a gente se entrega e deixa na
mão da equipe, que eles fazem o resto”.
Ela ainda se comparou com a sua personagem: “Nós temos
estilos muito diferentes, ela é superantenada na moda, tem um diálogo com o
mundo fashion que eu não tenho. Mas eu sempre criei as minhas roupas, misturo
peças, sou muito mais básica, mas estou sempre inventando a minha maneira,
então nessa parte eu me identifico bastante. Além da personalidade forte, que,
de alguma maneira, acabo imprimindo um pouco na personagem”.
Na novela, a morena tenta ajudar a amiga Perséfone (Fabiana
Karla) a conseguir perder a virgindade. Já na vida real, ela se considera uma
boa amiga, mas revela: “Nunca passei por nada parecido. Acho que ajudo de uma
maneira mais indireta, tendo uma boa conversa ou fazendo uma boa companhia.
Nunca teve um caso que eu ajudasse de uma maneira tão clara e específica. Acho
que eu ajudo com amor e companhia”.
Antes de Patrícia, a atriz ainda era pouco conhecida pelo
grande público. Na TV, ela apenas havia trabalhado na série da Globo, Lara com
Z, em 2011, que era transmitida uma vez por semana. Mas, em novelas, Amor à
Vida marca a estreia de Maria nas telinhas.
“É uma honra e uma responsabilidade muito grande. Eu foco
bastante no meu trabalho para não olhar para os lados e não perceber o tamanho
da coisa, acho que é a melhor maneira. Mas é uma honra trabalhar com uma equipe
tão maravilhosa, um elenco tão talentoso. Eu aprendo todos os dias, fico atenta
a tudo que acontece, é um privilégio”, declarou a atriz.
“Paulistana do centro de São Paulo, meu” como se autodefine,
brincando de puxar o sotaque local, ela tem se dividido entre a sua cidade e o
Rio de Janeiro para as gravações: “Passo mais tempo no avião do que no Rio de
Janeiro (risos). Eu tenho gravado, em média, de cinco a seis vezes por semana e
tenho voltado sempre que dá para São Paulo. Mas está sendo muita loucura e
estou pensando seriamente em ficar no Rio na temporada da novela. Estou
estudando as possibilidades”.
A atriz tem 25 anos de idade e é formada pela Escola de Atores
Wolf Maya, que fez enquanto conciliava um curso de teatro com Jair Assumpção,
quem ela considera ser seu grande mestre até hoje. Além de ter estudado interpretação
para TV e cinema com o diretor Fernando Leal.
Nomes de atrizes em que se inspira para seus trabalhos não
faltam na lista de Maria: “Eu gosto muito do trabalho da Juliette Binoche,
observo bastante também o trabalho da Michelle Williams. Das atrizes nacionais,
claro, a Fernanda Montenegro. Faço parte da companhia de teatro Os Satyros
desde 2009 e o trabalho da atriz Cleo de Páris, que hoje é minha colega lá
dentro, me inspira bastante. Além delas, sou admirado do trabalho da Juliana
Carneiro da Cunha”.
Além disso, ela revelou algo que gostaria de realizar em sua
carreira: “Tem uma personagem do teatro brasileiro, de uma peça do Nelson
Rodrigues, que eu sou completamente apaixonada e gostaria ter a oportunidade de
fazer algum dia, que é a Geni de Toda Nudez Será Castigada”.
Pelo visto, Patrícia pode lhe trazer bons frutos…