Fina estampa, bela figura, Marcello Antony topou no ano passado um desafio: sair da pele de mocinhos ou antagonistas clássicos – o máximo que ele de conseguiu de personagem com mais comlpexidade e nuances foi uma tentativa frustrada com Gerson em Passione, em 2010 – e então, no ano passado, como uma espécie de “presente” – ele completa 49 anos nesta terça-feira (28) -, surgiu Eron, de Amor à Vida, que não é nem galã bonzinho nem vilão.
Em uma entrevista no ano passado, ele disse sobre o advogado homossexual: “É um personagem que me fez amadurecer profissionalmente porque tinha nuances muito diferentes de papéis que estava acostumado. Em várias situações, me descobri em cena”.
A história foi ficando complexa. De marido de Niko (Thiago Fragoso) e o desejo de ter um filho com o companheiro, ele se envolve com Amarilys (Danielle Winits), trai o parceiro, e entra nos esquemas de golpe da médica para cima de Niko. “Eron passou mais de 130 capítulos dizendo que não queria magoar Niko de jeito nenhum. Mas só vem fazendo o contrário. É um grande advogado, domina bem outros setores da vida, é culto, mas caiu numa manipulação rasa, virou fantoche na mão de Amarilys. Eron é um bundão, um banana”, disse ele em entrevista ao jornal Extra.
No fim, percebe que ainda gosta do antigo companheiro e que estava vivendo uma farsa. Queria se sentir heterossexual pois assim seria mais aceito no seu ambiente de trabalho e em sua própria cabeça.
Apesar disto, na reta final, Marcelo parecia insatisfeito com seu personagem: “Eu vejo uma trama mais preocupada com a comédia, em vez de mostrar gays que têm família. Eu sofro para dizer aquele texto”, criticou para o Uol.
Sim, Eron gerou antipatia, o que nunca é algo agradável para os atores que interpretam tais papéis. Uma antipatia e rejeição enormes que acabaram, talvez, resvalando no ego do ator, mas é inegável que Eron fez a diferença na carreira de Antony. Ele saiu do lugar comum dos mocinhos e vilões na TV!
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