Neste domingo (12), Marília Gabriela entrevista Laerte, um dos mais importantes cartunistas do Brasil, no programa de Frente com Gabi, do SBT. Durante o bate-papo, ele falou sobre seus 40 anos de carreira e também sobre os momentos de crises profissionais e pessoais que viver nos últimos anos: “Humor não quer dizer ficar alegre o tempo todo”.

Em 2005, o autor de tirinhas da Folha de São Paulo perdeu um de seus filhos, Diogo, em um acidente de carro: “É a pior coisa do mundo, pensei em parar, porque tudo perde o sentido”.

Bissexual assumido, ele também contou sobre sua escolha pelo crossdressing (termo que se refere a pessoas que vestem roupa ou usam objetos associados ao sexo oposto, por diversas razões), que ele prefere chamar de travestismo.

“Me sinto muito intenso dentro da transgenerealidade e sinto que não é uma coisa fugaz, não é uma moda. Neste momento [da vida], não estou usando peças masculinas, só tenho algumas camisetas básicas”, disse o cartunista.

Sobre o episódio em que pediram para que ele não usasse o banheiro feminino em uma pizzaria, comentou: “Essa recusa de não compreender a identidade de gênero me deixa muito irritado”.

Laerte também acrescentou: “No Brasil, as pessoas curtem muito o travesti, é um fato: travesti sempre foi muito procurado e muito demonizado. As travestis são vistas como um resquício do Carnaval”.


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Laerte, em entrevista: "No Brasil, travesti sempre foi muito procurado e muito demonizado"

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